Follow Us

Da série #UmaConquistaPorDia: da corrida à academia

Hoje completo seis meses de treinamento no Espaço Funcional Giuliano Leite e apesar de saber que ainda há muito a melhorar e conquistar, sei que tenho muitos motivos para comemorar…  

Mas primeiro preciso começar fazendo uma confissão: eu NUNCA me imaginei fazendo academia. E não, dança e natação não entram na categoria “academia” pra mim…

Eu fiz quatro anos de jazz quando criança, nadei por uns três ou quatro anos, cinco anos de dança de salão (e sinto tanta falta que chega a doer – já falei aqui como dançar é uma adorável e libertadora expressão da alma), mas jamais, nunca, never, em tempo algum me imaginei em uma academia…
Há uns três anos atrás eu tentei. Muito mais por força fraternal de um irmão insistente do que por vontade. E não durei um mês e meio. Aparelhos me irritam, mas não mais do que aquela espera sem fim de ter que revezar ou esperar enquanto o colega que fica conversando vinte minutos com o amigo não desocupa o dito cujo para você terminar sua série enquanto ainda está no pique.  Então não é bem só o aparelho que me irrita, mas a falta de dinamismo daquele ritmo dos marombados e frangos apaixonados pelo espelho.
Foi assim que, quando abriu uma academia de treinamento funcional na esquina da minha casa, uma pequena luz se acendeu…
Ah, abre um parênteses aqui: eu sou vizinha – literalmente! – de uma das maiores academias da cidade. Mas o ser que inventou esse lance de plano mensal para as academias só queria saber dos frangos… Não faz sentido ter que pagar quase o dobro da mensalidade por não querer fechar um contrato anual, já que não sou uma pessoa muito fiel à academia ou pior, que ainda nem sabia se era algo pra mim. E também não faz sentido pagar quase 200 reais em tempos de crise para fazer duas ou três aulas por semana. Pelo menos não para a minha realidade naquele momento. Fecha parênteses…
Bom, aí abriu academia na esquina de casa. E veio com três pontos a favor para justificar uma tentativa. Ou melhor, quatro!
1.        Dinamismo: nada de aparelhos sem ritmo. A ideia aqui é o ritmo como centro do exercício, e o aparelho (ou seus criativos substitutos) como coadjuvante. O exercício é a estrela e a motivação é em equipe.
2.        Proximidade: não é vizinho de parede de casa, mas de quarteirão.
3.        Vai me ajudar na corrida: funcional é ótimo para trabalhar a resistência e condicionamento do corpo todo.
4.        Preço justo: Vou pagar um valor justo por um aproveitamento 100% do que pago. E por mês, sem amarrações anuais do meu orçamento (e nem por isso significa que eu vá desistir de uma hora pra outra – e até o fim do post você vai entender melhor o porque).
Como isso aconteceu pouco antes da minha cirurgia de rim e meu período de castigo, deu pra pensar com calma por dois meses se eu deveria ou não arriscar essa empreitada… Aí lembrei da promessa da corrida e da sensação da conquista e decidi tentar. Mal não ia fazer, então não custava fazer um teste e ver o que aconteceria.
E todo esse planejamento não era só pelo exercício e o condicionamento em si. Meu desafio tinha outras motivações: eu estava prestes a fazer 30 anos, precisava cuidar da saúde, ainda tinha que eliminar 4 kg para a nutri dar alta e o cardiologista me liberar do remédio de pressão. Além disso, precisava de algo que fizesse bem pra corpo, mente e alma e ajudasse a dar aquela energizada e afastar os pensamentos inúteis que nos cercam às vezes. De quebra também seria bom para fazer mais um novo círculo de amizades e distrair da rotina de trabalho-casa-trabalho-trabalho-amigos-trabalho-casa-trabalho-trabalho-trabalho (2016 é um ano especial por muitos motivos e, entre eles, não faltar trabalho!).
Chegou então o primeiro dia. 16/05/2016. Exatamente um mês antes de completar 30 anos. Ótimo aquecimento e uma boa oportunidade de bater a meta dos -4 kg até a data. E se na corrida eu me sentia como no primeiro encontro, na academia foi como reviver o primeiro dia no primeiro emprego: timidez, expectativa, medo de não saber o que fazer, de passar vergonha, mas muita vontade de fazer acontecer. E assim foi. Aquela experiência frustrante de um mês e meio na academia trouxe coisas positivas e os exercícios faziam sentido sem grandes explicações. Mas foi a disciplina e o cuidado com postura, detalhes e acabamentos das aulas de dança que trouxeram o conjunto para passar pela primeira semana com sucesso. 
Sim, com sucesso. Mas não sem dores. Ao terminar o primeiro dia, apesar do cansaço, tudo parecia bem. O problema foi levantar os braços para trocar de roupa na manhã seguinte, e trocar a marcha do carro, e pentear o cabelo… Se as pernas não sofreram tanto por conta da corrida, os braços entenderem o peso de não ter feito muita coisa nos últimos cinco anos… Mas eles não conheciam a dor das 48 horas até então. Foi então que veio a quarta-feira e eu achei que era uma completa inútil da cintura pra cima. Eu tinha certeza que não conseguiria fazer a aula. Mas o professor ensinou algo valioso que quem já bebeu alguma vez na vida conhece: ressaca se cura batendo de frente. E assim ele caprichou na segunda dose com muito exercício para os membros superiores chorarem, mas jamais desistirem!
A parte mais gostosa era sair de cada aula – que passa num piscar de olhos – com uma sensação de felicidade por estar realizando outra promessa e sair bem dali. E de novo o processo das dores do bem, dores que curam, que transformam o físico e o emocional.
E assim lá estava eu, em tempos de crise e de muito trabalho, em que não poderia arriscar nem meu tempo nem meu dinheiro, investindo em algo que certamente vai me ajudar a usar melhor meu tempo – com mais produtividade e disposição – e economizar meu dinheiro com remédios e outros “curativos” paliativos que saem muito mais caro que cuidar bem do nosso corpo. Que sensação incrível!
Hoje, seis meses depois daquele primeiro dia tímido as mudanças já são notáveis. O condicionamento está muito melhor, as dores não duram tanto tempo, o corpo reage bem e eu consigo terminar a aula sem achar que vou morrer de falta de ar. Já consigo assimilar o nome de cada exercício (na primeira semana era impossível saber o que era cada coisa sem olhar o que os outros estavam fazendo, rs), carrego mais peso do que os vergonhosos quilos iniciais e aprendi que se fizer tudo como o professor orienta e com a postura correta minha coluna não vai mais travar como aconteceu antes. Meus joelhos, que às vezes ainda sofriam na corrida, NUNCA MAIS doeram! E eu estou quase no peso ideal para abandonar o remédio de pressão, finalmente (ou pelo menos por mais um tempo até que a idade permita).

Mas se cada uma dessas e tantas outras conquistas diárias se tornaram tão especiais, não foi só pela minha própria dedicação, mas também pelo apoio de uma equipe e um professor fera! O grande lance do treino funcional (e aqui vale dizer que especialmente o do Giuliano, porque nem todas as academias trabalham assim) é o espírito de equipe, em que um apoia e motiva o outro. Desde as primeiras aulas o Giuliano me motivava pontuando o que estava correto na execução do exercício e corrigindo o que era necessário. E assim é até hoje, comigo e com cada aluno da turma, sempre atencioso e cuidadoso com as melhores práticas para o nosso bem estar. 
Aqui vale mais um parênteses: sempre fui privilegiada com os profissionais de esportes que passaram pela minha vida. Guardo até hoje as lições de postura que a Christine Belluci me ensinou quando ainda tinha 10 anos e fazia jazz na Acief (e de lá veio a paixão infinita pela dança e sua capacidade de libertação e expressão). Melhorei muito meu senso de consciência corporal, equilíbrio e controle com a exigência e a técnica que o AdenilsonRocha deu em cada aula da dança de salão (enquanto no modismo todo mundo só queria aprender uns passos para se arriscar nos bailes, ele nos ensinava a dançar com a alma). E agora posso dizer que completo o ciclo de maturidade postural e corporal com a assistência e o zelo do Giuliano Leite, que fica bravo mesmo e pega no pé para fazermos tudo certinho e, por isso, é um profissional diferenciado, que preza sempre pela qualidade e dedicação máxima. 
Mas quando o assunto é motivação, o mesmo vale para a equipe. A galera das 18h é sensacional! Não foram poucas as vezes em que eu estava correndo na rua e com as pernas já pedindo socorro comecei a apelar pra caminhada quando ouvia alguém chegando perto e gritando “Vamo, não para não!”, e isso me fazia seguir adiante, quase me arrastando, mas dando tudo que tinha para completar o ciclo. Ou mesmo na aula, em cada atividade em dupla ou grupo, quando um motiva e incentiva o outro a superar a dificuldade para chegar lá. Sim, motivação faz toda diferença! Somos seres humanos e nascemos para viver em sociedade. Se é possível ter dentro deste conceito um grupo que preza pelo companheirismo, paz, respeito e união, então todos podem chegar lá juntos de forma muito mais simples do que sozinhos. Uma pena que o mundo ainda não tenha entendido essa mensagem em todas as outras divisões sociais…
Além disso, mais uma conquista que o time #1313 vai me ajudar a alcançar é a Bravus. Sempre quis participar, mas não tinha preparo algum, companhia ou coragem. Até que abriram as inscrições pela academia. Não pensei duas vezes (se pensasse muito não teria feito), assinei o nome na lista, paguei a inscrição e bora lá derrubar mais essa muralha!

Já tivemos três treinos especiais para a prova. No primeiro e no segundo eu tinha ficado duas semanas sem treinar por motivo de viagem a trabalho. Resultado: quase morri e não consegui dar tudo que gostaria de mim. Manter a frequência é importante! No segundo treino descobri que minha dificuldade com as barras é algo que preciso trabalhar urgente e enfrentei pela primeira vez a pressão de ferrar a equipe inteira por não conseguir (ou achar que não conseguia) superar um obstáculo. Ferrei minha mão por uma semana, mas não era o físico que doía mais, e sim o espírito, por não ter conseguido dar o melhor e passar por aquela barreira, que agora se tornou uma questão de honra! No terceiro treino não consegui participar, e fiquei com um buraco enorme no coração por perder mais uma chance de chegar lá. Mas vamos em frente que tem uma medalha – e lembranças incríveis – para trazer pra casa no dia 11 de Dezembro!
Por fim, mais uma vez, assim como na corrida, a mensagem que fica é: só depende de nós mesmos. Eu tinha todos os motivos para não começar naquele momento – em pleno inverno e sem tempo! – mas me obriguei a ir, porque ninguém poderia me amarrar e jogar na porta da academia todos os dias. E ainda disposta a continuar mês a mês, poder comemorar um, dois, três anos de casa, sem que isso esteja amarrado à um plano anual fictício que diz que existe para te incentivar, mas que muita gente paga sem jamais usar.
E não, eu não quero parar! Claro que há dias em que bate a preguiça. E é por isso que já escolhi um horário em que evito me boicotar com a acomodação (acredite, ir direto do trabalho e não parar nem por cinco minutos para respirar ajuda muito!). 
Ao longo desses seis meses os resultados físicos já começaram a aparecer. Primeiro no condicionamento, resistência e peso, depois no fortalecimento do cardiorrespiratório (gente, eu descobri que tenho um pulmão maior do que imaginava!) e até uma ajudinha no “shape” para quando o verão chegar com tudo se você também colaborar com uma alimentação equilibrada. O fato é que com três meses você já começa a sentir seu corpo diferente e sua disposição melhorar muito! No meio do caminho eu esculachei na alimentação e engordei de novo. A dificuldade aumentou muito na hora de me exercitar! Aí você percebe que manter o equilíbrio completo para deixar seu corpo saudável é muito mais importante do que você imagina e vale a pena quando você consegue entrar de novo em um jeans 36.
E o emocional? Ah, esse já mostrava resultado desde os primeiros cinco minutos da primeira aula! Não há nada melhor do que expulsar todos os demônios do estresse depois de um dia de trabalho mandando ver na adrenalina e endorfina. A cada treino a sensação é de sair de lá mais leve, pronta para uma boa noite de descanso e um dia seguinte com gás total.

Aí é que está o grande lance de que um exercício pode ser muito mais do que um exercício. Assim como a corrida tem uma simbologia especial sobre correr atrás de nossos sonhos e objetivos, o treino carrega uma mensagem de superação de nossos próprios limites. Sabe quando você sente que não vai conseguir fazer algo? Isso está na sua mente e é você quem precisa tirar de lá! Serve para a prática do exercício e serve para a vida. É um treino constante que começa dentro de nós e acaba externado em nossas ações, das mais simples às mais desafiadoras. E se você tem como meta vencer os limites físicos de um treinamento funcional, você também é capaz de ir muito além do que imagina nos objetivos de sua vida.
Mas sabe qual é o maior sinal de que você se apaixonou pela coisa? Quando três dias por semana passam a ser pouco e você gostaria de conseguir ir todos os dias para o treino. Quando você falta e fica com aquela sensação não de culpa, mas de tristeza por perder algo importante.  Quando você não consegue sair do trabalho a tempo, mas fica lá com a cabeça no treino que está perdendo. Quando você quase não chega, mas sai voando na rua feito uma doida para não atrasar. E quando você não se importa de acordar cedo no feriado para um treino especial e diferente com toda a galera reunida.
Ontem era terça, feriado de 15 de Novembro, e lá estávamos nós na rua, garantindo mais um treino diferente, com muito trabalho em equipe e prontos para enfrentar o sol em nome daquilo que nos faz bem. 


No treino de hoje, uma sessão de Q48 para comemorar meus primeiros seis meses de muitos outros que virão, e uma sensação deliciosa de gratidão, plenitude e a certeza de que fiz a escolha certa para meu corpo, mente e alma. E que venha muito mais!

Somos a família #1313, sempre #natrilhadaforça!



Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *