Eu vi no avião, entre os vários atrativos para aguentar uma longa viagem de 9 horas… Para quem está no avião, sem muitas opções, é bom. Mas para quem está em casa, onde geralmente há um certo leque de alternativas, talvez não seja assim tão bom.
Com uma narrativa mais lenta, quase monótona, o longa conta a história de Leonard (Joaquin Phoenix), um suicida dividido entre duas mulheres (se uma mulher já é problema em casos assim, imagine duas!). Uma delas é a vizinha Michelle (Gwyneth Paltrow), mulher autodestrutiva que é apaixonada por um homem casado, mas que não a ama o suficiente para abandonar esposa e ficar com ela. E a outra é Sandra, moça meio sem graça mas com os pés no chão, que gosta de Leonard e é filha de um possível sócio de seu pai.
No fundo tudo se resume à um Leonard inseguro e indeciso, que não sabe o que quer, e para completar fica dividido entre seguir seus impulsos (representado por Michelle) ou seus valores familiares (Sandra).
O longa é ótimo para uma análise na aula de Psicologia, Sociologia ou alguma outra “ologia” da vida. Perfeito para isso. É interessante para quem estiver disposto à filosofar um pouco, chega a ser poético. E nisso, elenco e direção não falham! Mas se você busca entretenimento fácil, passe longe.
OBS.: Destaque para a última aparição de Joaquin Phoenix como ator, que depois disso resolveu virar um happer-homem-das-cavernas. Há quem diga que é um projeto para algum novo filme surpresa que deve vir por aí, quase um marketing pré-projeto. Há quem diga que ele surtou de vez. Eu digo: ‘Se a música dele for boa, e se isso o faz feliz, qual o problema?’.