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Depois da estiagem cinematográfica de bons filmes que assolou o cinema nos últimos tempos, a festa do Oscar 2008 trouxe de volta os grandes títulos como tema entre os concorrentes à estatueta de ouro, que este ano comemorou seus 80 anos de existência.
E a academia não deixou por menos. Tocada pela onda de saudosismo que parece se espalhar não só no universo do entretenimento, mas nas pessoas em geral ao redor do mundo, os membros abraçaram a obra dos irmãos Coen como representante desse sentimento globalizado, levando para casa quatro estatuetas (melhor filme, direção, roteiro adaptado e ator coadjuvante) por “Onde Os Fracos Não Tem Vez”.
Apesar disso, a festa prosseguiu sem grandes novidades ou furores. Daniel Day Lewis confirmou o favoritismo já conhecido do público e recebeu o prêmio de melhor ator por “Sangue Negro”, enquanto Tilda Swinton foi o momento surpresa da noite ao receber a estatueta como melhor atriz por “Conduta de Risco”, derrubando até mesmo Cate Blanchett que, gravidíssima, era a grande aposta da categoria. Marion Cotillard recebeu o título de melhor atriz coadjuvante por “Piaf – Um Hino ao Amor” com classe e elegância, assim como seu companheiro Javier Barden, melhor ator coadjuvante (merecidamente, diga-se de passagem) por “Onde os Fracos Não Tem Vez”.
A preferência pelo longa dos irmãos Coen foi notável, mas não impediu ainda a revelação de “grandes pequenas obras”, como Juno, que entregou a Diablo Cody o Oscar de melhor roteiro. E nas categorias técnicas, “O Ultimato Bourne” levou o merecido título por melhor montagem e também edição de som, “Sweeney Todd” por direção de arte, “A Bússula de Ouro” por efeitos visuais, “Sangue Negro” por fotografia, “Elizabeth” por figurino e “Piaf” por maquiagem. A trilha sonora ficou para “Desejo e Reparação”, e canção para “Falling Slowly – Once”.
“Ratatouille” venceu como longa de animação, “Peter & The Wolf” como curta de animação e “Le Mozart dês Pickpockets” como curta-metragem. Michael Moore teve que guardar seu discurso empolgado para a próxima festa, já que “Táxi to the Dark Side” levou como melhor documentário, ao lado de “Freeheld” como documentário em curta-metragem. E o cinema estrangeiro foi contemplado com “The Counterfeiter”, da Áustria, como melhor filme estrangeiro.
Nada melhor para representar o clima da festa do que encerrar o post com essa imagem nostálgica e única de um Tommy Lee Jones que dispensa comentários…