Foi-se, definitivamente, a era em que o país do futebol se orgulhava por cada exibição de seu time… Falta de entrosamento, técnico, jabulani, campo, juiz, loteria, briga, Mick Jagger, o técnico cujo time nunca ganhou a Libertadores …. tudo é motivo de desculpa. Mas a verdade é uma só: a seleção que ensinou ao mundo o que era futebol, desaprendeu tudo aquilo que compartilhou um dia…
Depois de muito tempo, hoje eu pensei que estava finalmente vendo algum futebol outra vez. Vi um belíssimo primeiro e segundo tempo em campo, com alguns lances perdidos que poderiam ser melhor aproveitados. Mas, sem dúvida, alguma, um futebol muito melhor do que vínhamos observando ultimamente. Vi nosso time reascender alguma esperança no coração do torcedor apaixonado. Mas também o vi apagá-la com a mesma rapidez quando chegou o momento dos pênaltis. E quem brilhou foi Justo Villar.
“Ah, a Argentina já era!”, dissemos ontem. Hoje, eles é que disseram “Não entramos, mas vocês também não!”. Mas é claro que, para nossa infelicidade, o juiz tinha que ser uma argentino que não colaborou em nada na cobrança de faltas. Deixou o primeiro tempo virar um campo de guerra (e seria a festa se Felipe Melo estivesse por lá para um confronto com aquele babaca do Vera) e no segundo decidiu que era hora de agir. Mas teve seus bons momentos.
Mas não há campo, juiz ou briga em campo (diga-se de passagem, o ponto mais emocionante da partida) que justifique nossos jogadores perderem 4 (4!!!!) pênaltis seguidos…
Falta paixão. Amor pelo futebol. Chega de jogar pelo deslumbre de ser um jogador de futebol, pelo dinheiro ou pela fama. É hora de retomar os bons tempos, quando a bola ainda era o grande motivador daqueles 11 homens em campo. Se jogassem com essa garra, com esse tão singelo e puro objetivo, todo o resto seria uma consequência louvável e merecida. É hora de sacudir essa geração que se deixa permanecer na zona de conforto e esquece o valor que aquela bola representava em suas vidas quando ainda tinham 10 anos e jogavam bola na rua, com um tijolo demarcando as traves do gol, loucas para um dia se tornarem os novos Pelés, Ronaldinhos e Robinhos. Tem muito moleque por aí desejando apenas uma chance, enquanto os aclamados “heróis” desperdiçam sua oportunidade de ouro. É hora de deixar de lado a preocupação com o valor de seu passe para o mercado financeiro e esportivo e reaprender a fazer aquilo que um dia disseram ser seu sonho.
Enquanto isso, nós, torcedores, desejamos apenas que possamos ver a reversão desse quadro, para que um dia possamos prestigiar com nossos filhos o mesmo futebol que prestigiamos ao lado de nossos pais numa época em que o Brasil ainda era um dos melhores do mundo…..
Ana Scaravelli
18 de julho de 2011 at 20:01Le, se ainda houvesse amor ao futebol, à camisa brasileira, eles não aceitariam jogar no exterior. Na minha opinião, só mereceria a camisa do Brasil quem JOGASSE no Brasil, não um que deixou o país, por dinheiro e fama (porque amor ao futebol NÃO É), como a maioria faz (aliás, tem algum hoje que não pensa nisso quando quer ser jogador de futebol??). Mas isso infelizmente é uma opinião MINHA, né… rsrs… Louvo a decisão do Neymar e do Ganso,em permanecer no Santos. Mas, assim como o Robinho, até quando? =/
Débora Donazan
18 de julho de 2011 at 20:01Qual a explicação para conseguir perder 4 penaltis seguidos??? A bola do Elano ainda não aterrissou..Haha… A Argentina está fora, e nós tb… Bjs
Letícia
18 de julho de 2011 at 20:04Ana, você está coberta de razão. Penso exatamente dessa forma também. Falta amor ao que se faz, não apenas no futebol, mas em tudo!
Dé, confundiram futebol com basquete, só pode! Nada explica aquela vergonha…
Muito triste isso… E como disse a Ana, até quando????….
Beijos, meninas! Obrigada pela visita…