E começa a crítica de Edu Fernandes na UOL: “A PlayArte Filmes, distribuidora de ‘Os Três Mosqueteiros’ no Brasil, exibiu para a imprensa 25 minutos do filme. Pelas cenas apresentadas é possível perceber que a produção (…) quer arrebanhar os mesmos espectadores (…) da franquia “Piratas do Caribe”. A mistura de sequências de ação com falas bem-humoradas lembram (…) Sparrow. Se o gênero e o tom não forem suficientes para convencer os fãs de “Piratas” a apostar na nova franquia, há navios voadores que reforçam as semelhanças entre os títulos.(…)”. OPA! Pára tudo!
Navios voadores?! Ah, gente…. Não que eu seja contra a fantasia e a evolução tecnológica, muito pelo contrário! Defendo de unhas e dentes…. Acredito que a fantasia é o combustível dos sonhos, que são o motor da existência humana. Mas colocar navios voadores no clássico enredo de “Os Três Mosqueteiros” é um pouquinho demais, né…
Quem conhece a obra de Alexandre Dumas respira ao ambiente e inspirações clássicas que suas histórias ilustram. Daí quando se fala em 3D, o sinal de alerta já começa a piscar. Mas ok, como cinéfilos evoluídos que somos, podemos nos adaptar. Contudo, colocar navios voadores é mudar completamente o foco da coisa. Concordo que como uma releitura contemporânea a investida é permitida e pode até gerar um bom resultado, mas despe a obra de sua alma. E isso é incontestável!
Antes que você, leitor, brigue comigo, eu digo novamente que não sou contra a evolução do estilo cinematográfico, aceito que trazer clássicos do passado para a modernidade pode render grandes filmes, mas não estou gostando nem um pouco dessa história de colocar um navio voador entre D’Artagnan, Athos, Porthos e Aramis. De ‘Piratas’ já não basta o espírito, o clima e Orlando Bloom?
Pode ser que eu morda minha língua, mas fico com a versão de 93, quando Kiefer Sutherland ainda não sonhava em ser Jack Bauer, Chris O’Donell era uma astro em ascensão, Charlie Sheen ainda não era um alcóolatra incurável e Rebeca De Mornay ainda deixava os homens loucos…