A série de J. J. Abrams, mesmo criador de Lost e Alias (pra já começar bem!), está em sua 2ª temporada e no que depender do andar da carruagem (ou seria da ciência?!) ainda vai ficar por aqui por um bom tempo, seja pelo número de fãs que aumenta a cada dia, ou pelas semelhanças com a extinta “Arquivo X” com toques de “Lost” (culpa do Abrams).
Caminhando na tênue linha entre ficção científica e realidade, a série dramática (com ótimas sacadas e momentos comédia, principalmente entre Joshua Jackson e John Noble, grandiosos em suas performances como Peter e Walter Bishop) gira em torno de teorias da Ciência de Borda (o limiar entre a ciência conhecida por todos e a pseudo-ciência e a ficção científica), desvendando as vertentes obscuras dos experimentos falhos ou não conhecidos pela sociedade. Tudo começa quando a agente do FBI, Olivia Dunham, é convocada para investigar um acidente aéreo em que toda a tripulação morre de forma chocante e misteriosa, e acaba perdendo seu parceiro e amante, John Scott, durante a investigação. E ao procurar ajuda para desvendar a complicação ela conhece o Dr. Walter Bishop, considerado o Einstein de sua geração, mas que está há 17 anos internado em uma clínica psiquiátrica. Para tirá-lo de lá, Olivia recorre a seu filho, Peter Bishop (um Joshua bem crescidinho desde sua fama em Dawson’s Creek), que também tem um passo nebuloso.
O trio se instala em um laboratório de Harvard e dá início ao que será conhecido com a divisão Fringe, o start para muitas descobertas inacreditáveis da ciência e do governo, que incluem ações ainda não totalmente esclarecidas de uma mega corporação chamada Massive Dynamic. A partir daí, pregonição, teleportação, reanimação, aumento de estímulo elétrico humano e universos paralelos são apenas algumas das palavras que guiarão as investigações.
..
.
.
Comparada desde o início com Arquivo X por seu tom de mistério e teorias do além (ou não tão facilmente críveis), a série fica a cada dia mais próxima dessa comparação. Assista o episódio 2.02 (Night of the Desirable Objects) e diga se você não concorda. Até o clima de tensão e suspense é o mesmo de ápices em Arquivo X. Coloque ainda a comparação entre as ações de Molder e Sculy com Olivia e Peter e voi-lá, já temos também o par romântico que demora a se definir.
E finalmente, ao assistir a conversa de Olivia com William Bell (episódio 2.04) no tão esperado flashback de sua recuperação de memória após o acidente no último episódio da primeira temporada, a constatação ficou mais do que comprovada. Repare na semelhança:
Arquixo X: “A verdade está lá fora” (slogan da série)
Fringe: “A verdade virá à tona, sempre vem” (William Bell)
Matrix: “Você é o escolhido, Neo!” (Morpheus)
Fringe: “Você é a escolhida, Olivia!” (William Bell)
Teoria, verdade, ilusão ou imaginação… Não importa! Assista Fringe! Na pior das hipóteses você vai parar um pouquinho para pensar sobre as coisas que te cercam…..
Imperdível!!!!