Supernatural seguiu as expectativas e abriu brecha para uma próxima temporada tempestuosa, mas acabou ficando aquém do clímax que os episódios anteriores anunciavam…
Já Fringe retomou totalmente as rédeas da história e fechou a temporada com uma surpresinha tão quente quanto o término da primeira, prometendo turbinar os motores na 3ª etapa do seriado…
Supernatural – 2.22 – Season Finale
A coisa vinha esquentando e já prevíamos um final ao menos avassalador. E foi. Talvez não tão intenso quanto esperávamos, mas deixou muita gente em silêncio na frente da tv após os créditos… Digamos que foi um episódio bem mais emocional do que ativo.
Logo na abertura temos o grato retorno do Profeta Chuck, numa descrição emocionante sobre a trajetória de vida e a relação de cumplicidade e união dos Winchesters, sempre ligados à seu carro mais do que qualquer coisa. Essa descrição está ligada à ‘vitória’ de Sam lá no final do episódio…
Após o breve remember, partimos para a decisão de Sam em dizer ‘sim’ à Lúcifer com a intenção de empurrá-lo de volta jaula abaixo… Mas claro que não seria tão simples assim. Primeiro o clã formado por Bobby, Castiel, Sam e Dean vão à caça de alguns demônios para coletar sangue e permitir que Dean se fortalecesse para enfrentar o malvadão.
Com as baterias carregadas, o quarteto parte ao encontro de Lúcifer, e enquanto Bobby e Castiel ficam dando cobertura, Sam e Dean se entregam ao Demônio. Dito o sim, o que eles não esperavam é que a força de Lúcifer fosse sobressair à de Sam. O que Lúcifer queria mesmo era cumprir seu destino e enfrentar Miguel conforme o destino que lhes era reservado.
E é no campo de batalha que a ação do episódio acontece. Pena que ela não foi tão impactante quanto esperávamos após uma temporada inteira de expectativas. Está difícil para Sam resistir ao ‘lado negro da força’ (e a piadinha vale pela citação irônica de Lúcifer em cena…), e quando ele está prestes a se engalfinhar, chega a cavalaria: Bobby, Castiel e Dean, em seu indefectível impala, com o som alto, que ajudou a reativar todas as lembranças do irmão e trazer Sam de volta à cena, controlando os impulsos de Lúcifer. Mas antes que ele conseguisse essa proeza, matou Cas, Bobby e deixou Dean tão desfigurado quanto um trapo. Mas por fim ele se atira na jaula, levando Miguel consigo na queda…
Aí começa a parte triste. Castiel volta, dizendo que Deus o salvou (o que quer dizer que ele ainda está por aí), traz Bobby à vida novamente e cura Dean, que parte então para cumprir a promessa feita a Sam antes do “sim”: encontrar Lisa e tentar viver uma vida normal com ela. É óbvio que não foi simples, que um vazio sem tamanho tomou conta do Winchester que restou, e deixou muitos telespectadores com a mesma sensação.
Mas aí é que vem os ganchos para a próxima temporada: Chuck não consegue dar um fim à história dos Winchester e simplesmente desaparece, enquanto a cena final foca Dean dentro da casa de Lisa enquanto Sam o espia do lado de fora… Mas ele não foi para o buraco? E era o lado Sam ou o lado Lúcifer que o observava? O que aconteceu com Chuck?
Conversando com meu amigo Adelson, ele me contou que muita gente acredita que “O” Deus que tantos esperamos conhecer é na verdade Chuck, pois só isso daria à ele tantos poderes quanto apresenta. Pode ser… Mas será? E como foi que Sam saiu da jaula? Vamos além um pouquinho, viajar nas teorias malucas…. E se Deus ficou tocado pela atitude de Sam em se entregar para salvar o mundo do apocalipse e o trouxe de volta? Ou mais ainda… E se Deus agora usa Sam como seu receptáculo?? Loucura, né….. Mas tão certo quanto a próxima temporada é que, de uma forma ou de outra, “O” Deus vai ter que dar as caras, poxa! Principalmente prevendo que a próxima será a última temporada da série, conforme a produção andou anunciando…
O duro é esperarmos seis meses para descobrir as novidades….
Fringe – 2.22 – Over There – Parte 1 e Parte 2
Eram tantas emoções que a galera resolveu dividir o último episódio em duas partes… Mas valeu a pena. E aqui já vai a história completa, sem divisões de episódios, ok?!
A história já começa com Walter, Olivia e seus amigos observando à eles mesmos no universo alternativo. Lá eles tem os mesmos traços físicos, o mesmo ofício, mas personalidades diferentes. A idéia era encontrar William Bell no parque, mas a mensagem é rastreada pela Divisão Fringe de lá e apenas Olivia escapa ilesa da fuga, enquanto Walter leva um tiro e vai procurar um hospital.
Enquanto isso, Peter tem um encontro emocionante com sua mãe. Mesmo sabendo que aquela não é a mãe que ele esperava, ter uma perspectiva de se reencontrar com alguém que já morreu mexeu com o rapaz. Ela é doce, cuida dele, e lhe entrega os papéis encomendados pelo Walternativo, que está fora da casa, à trabalho. Analisando a arma tecnológica que está na planta e que jamais viu algo parecido antes, Peter começa a entender parte das coisas. Depois de sua reunião com Walternativo – o Secretário de defesa do lado de lá – Peter compreende que seu pai verdadeiro não o trouxe para tê-lo de volta, mas porque ele é o único capaz de ‘pilotar’ sua máquina que pode destruir o outro (no caso, o nosso) universo.
Após a fuga, Olivia se refugia na esquina de sua casa, e encontra William Bell, que finalmente reaparece (acho que William Bell tem uma espécie de contrato para aparecer apenas em últimos episódios…. rs). Eles vão resgatar Walter, e quase são pegos pelos fringers. Agora quem se surpreende é a Olívia alternativa, ao ver seu próprio rosto nas câmeras de segurança, diferente apenas pela cor dos cabelos (a fringer é ruiva e bem mais atiradinha que a nossa Liv).
Então eles se dividem. Bell e Walter (trazendo à cena seus melhores momentos, sobretudo quando há comida na parada! E provando a perfeita atuação de John Noble, que consegue dar vida à dois Walters tão diferentes com uma maestria única!) vão atrás de um ampliador de partículas para ajudar na volta pra casa, e Liv vai atrás da Olívia alternativa para conseguir chegar à Peter. Dadas as semelhanças, ela entra na casa da alternativa porque as duas escondem a chave no mesmo lugar, mas o encontro não foi tão amistoso. Claro que a nossa Liv pensa rápido e depois de apagar a outra, pinta e corta o cabelo para infiltrar-se entre a equipe. Charlie (o alternativo) bate à sua porta e eles vão até Peter. Bastou uma porrada em Charlie para que Peter reconhecesse que aquela era a sua Liv. E finalmente vemos o tão esperado beijo entre o casal (ebaaa!!).
Eles vão encontrar Walter e Bell de volta na Casa da Ópera, onde chegaram ao universo alternativo, para providenciar a volta pra casa, mas a divisão Fringe chega e começa um confronto de iguais (literalmente). Após o confronto, Bell se sacrifica para ajudar seus amigos a voltarem pra casa, e é então que vem a surpresa bombástica que abrirá a próxima temporada…
Deu pra sacar na hora, exatamente quando a Olivia alternativa deu aquela olhadinha para Boyles, que isso iria acontecer. Quem voltou para o nosso universo com Peter e Walter foi a Olívia alternativa, e não a nossa Liv, que ficou presa numa cela, observada pelo Walternativo, que certamente a usará como arma para conseguir o que quer…
Logo, sabemos que na terceira temporada novas viagens entre universos acontecerão, mas Walter terá que descobrir outras formar de abrir o portal, já que não temos mais os amigos que passaram pela experiência feita por Walter e Bell, nem Liv… E tadinha dela, né! Nos últimos episódios também sempre acaba jogada no outro universo…. Lembra que esse também foi o mote da primeira temporada?
Peter, por sua vez, ainda está tentando descobrir seu lugar no mundo. ele perdoou Walter, afinal, o homem atravessou universos duas vezes pra salvá-lo, mas retomar as rédeas da relação será tarefa também para a próxima temporada. E na minha opinião, Bell ainda não vai desaparecer de vez…. Se tantas viagens entre mundos mexeram com seus átomos, acho que podemos ter novidades por aí….
No fim, o season finale foi fantástico! Digno de Fringe. E mais seis dolorosos meses nos separam dos próximos capítulos….
Adelson (TD Séries)
23 de maio de 2010 at 22:27Olá, Letícia!
Estava ansioso por sua postagem sobre os episódios finais das temporadas de Fringe e Supernatural. No geral, nossas reações foram bem similares.
Ambos os seriados tiveram temporadas excelentes e eu esperava muito destes episódios finais!
De Supernatural, senti falta da luta entre Lúcifer e Michael. Entendi o contexto do episódio, mas um pouco de luta entre eles não seria nada mal. Deu a impressão de que acabou a verba para efeitos especiais e nada podia ser feito. Mas, o final foi mesmo de tirar o fôlego! E a teoria de Chuck Deus continua circulando pela net. Mas, gostei de sua louca teoria de que Sam é o receptáculo de Deus. Se a próxima temporada for mesmo a última, é hora dos irmãos falarem com o Todo Poderoso.
Fringe foi fantástico! Concordo com sua visão sobre John Noble: a interpretação dos dois Walters foi fantástica. Gostei também de Anna Torv fazendo as duas Olivias. Sempre subestimei sua capacidade de interpretação. E o final foi mesmo previsível, né? Estava na cara de que aquela era a "outra".
Espero ansiosíssimo pelas próximas temporadas! Pena que tanto tempo nos separe delas!
Um abraço e parabéns pelo texto, ótimo como sempre!
Letícia
23 de maio de 2010 at 22:39Pois é, Adelson… Também esperava uma luta mais emocionante…. Tanta lenha na fogueira e não passou de uma brasa o encontro entre Lúcifer e Miguel… Mas quem sabe a próxima temporada não compensa isso…
Já Fringe foi demais, hein! Como vc disse, a Anna também saiu-se muito bem…
Quando os episódios acabaram, eu fiquei sentada, parada, pensando no quanto vai demorar pelo próximo… rs
Obrigada pela visita e participação, Adelson!!!
Abraços!!