Sabe aqueles filmes que você nem sabia que existia e um dia vem parar na sua mão você nem lembra como? Aí um outro dia encontra ele novamente, agora perdido na sua prateleira, resolve assistir para ver o que tanto ele cruza seu caminho e acaba descobrindo uma grata surpresa?
Pois é assim que ‘Pergar e Largar’ apareceu na minha vida, tão agradável como uma suave brisa de verão….
Despretensioso e sem qualquer grande desafio, a melhor coisa do filme é a leveza com que retrata o drama vivenciado por Gray (Jennifer Garner, numa simpatia única!), jovem que após a morte repentina do noivo às vésperas do casamento, acaba descobrindo que ele tinha alguns segredos escondidos e se apaixona por um dos melhores amigos do falecido, Fritz, que até então odiava.
Viúva sem tem se casado, Gray vai morar com os amigos do noivo, o trio formado por Sam, sempre otimista e divertido, Dennis, que esconde uma paixão secreta por Gray, e o playboy Fritz (Timothy Olyphant – encantador!), que até então a moça julgava irresponsável e inconsequente. A convivência entre os três vai revelar novas emoções e trazer à tona o filho que o noivo de Gray escondia de todo mundo.
Um belo dia Maureen, mãe do garoto, aparece à porta do quarteto em busca da pensão que o pai do menino tinha parado de mandar. E o único que sabia da existência da criança além do falecido era Fritz. Isso faz com que Gray o odeie ainda mais por um tempo, mas é conhecendo o outro lado do rapaz que ela acaba se apaixoando por ele sem perceber.
O problema é que enquanto ela acredita estar vivendo apenas um caso passageiro, Fritz está levando a moça a sério, e acaba magoado ao ouví-la dizer que não tem qualquer plano com ele. E como todo romance, esse também é cheio de vai-e-vem, e nesse meio tempo Dennis também revela seu amor à Gray.
Com todas as mudanças, o quarteto acaba por se separar. Magoado, Fritz volta para sua casa em Malibu, Dennis decide ir embora e Gray precisa redescobrir o que quer da vida, saindo em busca de Fritz para saber se ele ainda a aceita de volta. Sozinho, Sam fica desesperado com a idéia de morar sozinho, e convida Maureen e o pequeno Mattie para viverem com ele…
Conforme eu disse, não há qualquer grande intenção no longa. É uma história sobre a vida, sobre coisas que podem acontecer com qualquer um e a forma como escolhemos lidar com cada uma delas. Mais do que isso, é uma história sobre como podemos nos surpreender com as pessoas, em todas os seus aspectos. Gray surpreendeu-se com seu noivo, que não era o ideal de perfeição que ela julgava, e também com Fritz, que não era o badboy que pensava.
A vida tem caminhos tortuosos algumas vezes. E em algumas situações o que parece uma tragédia pode acabar se tornando o caminho para nossas mais agradáveis surpresas…