Finalmente uma graça divina alcançada no sistema bancário brasileiro: Bradesco, Banco do Brasil e Santander (Real) podem, enfim, aderir a universalização dos caixas eletrônicos, algo que só não aconteceu ainda em pouquíssimos países.
A discussão em compartilhar algumas formas de acesso ao sistema já dura mais de 10 anos, mas sempre imperou a tendência pré-histórica de que a personalização e exclusividade poderiam representar o alcance geográfico das agências pelo país. Acontece que com a revolução digital e a facilidade da internet a um clique de distância (que vai ficar ainda mais eficaz com a chegada absoluta do DDA – e esse tema merece um post futuro só para ele…) exterminou qualquer entendimento sobre ‘barreiras geográficas’. Não tinha cabimento, em plena era digital, o sistema ainda acreditar piamente nesse tipo de concorrência, já que o fator geográfico deixou de ser a prioridade num mundo em que o serviço prestado é muito mais importante para o consumidor.
Além dos caixas universais facilitarem (e muito!) a vida dos clientes, ainda podem representar uma bárbara economia para os bancos, que repartirão entre si os custos de manutenção e investimento nos caixas eletrônicos. Inicialmente a medida deve acontecer apenas com os caixas externos, para só no futuro passarem a valer também nos caixas internos (mais ou menos o que aconteceu no ato de fusão entre o Banco do Brasil e a Nossa Caixa).
O anúncio do que estão chamando de ‘estudos preliminares’ aconteceu hoje, em São Paulo, e apenas o Itaú-Unibanco mantém a resistência de entrar para a roda. Talvez essa seja sua grande falha, sobretudo após consolidar-se como o maior banco privado brasileiro, já que deixando de investir na ação comunitária agora, pode acabar tendo prejuízo no futuro, quando a união for ‘de opcional para falta de alternativa ruma à sobrevivência n mercado’…