Finalmente chegamos na Itália!!!! E nada poderia ser mais triunfal do que já começar conhecendo o palco de tantos filmes que já conferimos na tv e no cinema: o Coliseu!
Bom diaaaa logo cedo com o grupo saindo as 5h da matina do hotel rumo ao aeroporto. É hora de nos despedir de Lisboa e chegar – ufa! – na Itália!
Chegando no aeroporto a esteira da TAP enroscou já na primeira mala, para continuar sacaneando a nossa saga… Eles reiniciaram o sistema e a coisa andou…
Passamos pelos processos de embarque e fomos comer um Pão de Deus de café da manhã (acompanhado de mais um frappuccino da Starbucks) até que chegasse a hora de ir para a aeronave.
Prontos para a decolagem, Lisboa nos brindou com uma bela paisagem de despedida e um dia que já anunciava ser lindíssimo (e bem quente!).
Mas prepare-se, porque além da chegada à Itália, hoje é dia de uma tremenda aula de história ao vivo!
CHE-GA-MOS!
Pouco mais de duas horas e meia depois avistamos, de uma vez por todas, terras italianas. Que emoção! Eu tenho uma certa paixão por chegadas e despedidas de novos lugares vistos do céu. É como se, de certo modo, estivéssemos penetrando em um novo mundo, quase como a sensação de ler um novo livro pela primeira vez e acompanhar a descrição do autor em detalhes para que você possa compor a cena completa em sua mente. E tem algum tipo de magia nisso que eu não sei explicar muito bem. Talvez seja só o meu jeito de amar pequenas coisas mesmo.
Mas nesta chegada, mais do que em qualquer outra, meu coração pulsava de um jeito diferente. Era a ITÁLIA! Meu top #1, meu sonho de vida, que agora se desenhava em cores e formas mais reais do que nunca, bem ali, diante dos meus olhos. O coração acelerava e os olhos disfarçadamente marejavam com uma alegria secreta pela oportunidade divida de vivenciar a realização de mais um sonho. E um sorriso discreto se formou para nunca mais sumir do meu rosto (até agora, um mês depois, enquanto ainda reviso esse texto sorrindo feito uma boba apaixonada).
Descemos, pegamos nossas bagagens e saímos do aeroporto em um calor escaldante. Eu estava no Fiumicino, de verdade. O mesmo aeroporto em que vi Lina aterrissar para sua experiência italiana em Amor e Gelato, quando fiz uma maratona de filmes ambientados na Itália para esquentar o pré-viagem.
Aí veio a segunda parte daquela sensação mágica: sentir o ar, o clima e a cultura italiana de perto, na veia, em cada detalhe. Mesmo o aeroporto sendo um verdadeiro nó de nações com todo tipo de idioma e perfil, quando se chega em um país é natural que aos poucos aquele idioma e perfil dominem o cenário. E aqui não foi diferente. A cada passo eram mais pessoas falando e respirando italiano. E a cada instante era como se o sorriso secreto da minha alma ficasse mais e mais largo.
Atravessamos direto para a estação de trem. Nossa ideia era pegar o Expresso Leonardo, que levava direto para a Estação Termini, bem ao lado de onde ficaremos hospedados pela próxima semana. Mas quando fomos até a cabine comprar as passagens, a nossa atendente (italianíssima raiz!) sugeriu pegarmos um Shuttle privado que levaria diretamente na esquina do hotel e por um valor melhor. Topamos a sugestão e aguardamos apenas alguns minutos até que o motorista nos chamasse para a partida. Uma van Mercedes preta lindíssima foi o nosso transporte.
No caminho tivemos a experiência mais real de todas sobre estar na Itália: nosso motorista, um italiano nato (tipo o nosso carioca da gema no Brasil), foi o caminho todo conversando com o casal estrangeiro que estava com ele no banco da frente e fazendo 🤌🏼
Simmmmm!! O mito é real!!! Italianos falam com as mãos e fazendo esse símbolo tradicional O TEMPO TODO! 🤌🏼🤌🏼🤌🏼
Tentei bisbilhotar a conversa deles o caminho todo para treinar o ouvido para o italiano, já que minhas aulinhas de Duolingo não poderiam ser comparadas à nenhuma vivência. Mas a boa notícia é que não é tão difícil entender se eles não falarem tão rápido.
Durante o trajeto já foi possível entender de cara que existem duas Romas convivendo em perfeita harmonia: a Roma antiga, com suas ruínas lembrando a cada instante o quanto de história aquele lugar carrega, e a Roma moderna, que trouxe o novo, o atual, mas sem deixar de lado em momento algum toda herança do passado.
Chegamos na rua do nosso AirBnB, descemos – nós e as trocentas malas – e começamos a caminhar em busca do prédio. Fomos na direção contrária e encontramos pelo caminho estrangeiros que viviam ali, alguns muçulmanos e talvez alguns angolanos. Percebemos nosso erro e voltamos para a outra direção. Subimos o primeiro lance de escadas (por sorte nosso quarto era no segundo andar) e nada do nosso hospedeiro aparecer. Demorou algum tempo até conseguimos contato e um rapaz de perna quebrada e muletas aparecer acompanhado da namorada para nos recepcionar. Ele entendia o nosso inglês, mas falava quase zero. Disse que poderíamos pagar no dia seguinte, entregou as chaves e nos liberou.
Ansiosos por almoço e de olho no relógio para não perder nosso horário de entrada no Coliseu, só guardamos as malas e partimos pra rua!
Estamos na rua na Itália. Tem Italianos por todos os lados! Uma gente bonita e que transpira calor humano em cada detalhe da sua comunicação. Que sensação deliciosa ouvir italiano por todos os lados, ver ao vivo todas aquelas cenas que só a tv tinha me mostrado até então. Lambretas e pequenas motos circulando por todos os lados, levando todo tipo de gente, da senhora ao executivo. E como os homens italianos são bonitos, meu senhoooor. Esse mito também é real! hahahaha…. Mas as mulheres também, sejamos justos. Um pessoal com características únicas, que nos permite identificar na multidão no meio da estação quem é italiano e quem não é…
A Estação Termini era na quadra ao lado e poderia ter opções rápidas para almoçarmos. E a mais rápida que encontramos era também a mais conhecida: um McDonalds 😂🤌🏼 Pro tempo que a gente tinha, era o mais prático. Então bora, né! Afinal, é importante mergulhar no fast food local quando se viaja. Por isso escolhi logo uma opção de lanche que só existia no cardápio Italiano (mas continua sendo o sabor básico de um McDonald que você já conhece).
Almoço resolvido, entramos na estação e fomos comprar nosso bilhete que daria direito a andar 7 dias no metrô. Mais prático e econômico do que comprar os passes por dia ou individuais. Bilhete na mão, partiu Coliseuuuuu!
Coliseu: a história viva e impressionante está logo ali
Chegamos nos arredores do Coliseu às 2h30. Era um sábado em plenas férias de verão europeu, então Roma estava lotada. O calor era terrivelmente desafiador – mesmo não sendo o pior dia que pegaríamos. A Europa tem vivido verões muito acima da média e mesmo nós, brasileiros acostumados com o calor, sofremos com o tempo seco. Nosso verão é úmido, menos sofrido. Além disso, os dias são mais longos e as noites mais curtas, o que facilita o aumento de temperatura. O solo aquece facilmente porque está muito seco e, com as poucas horas no período da noite, ele esfria menos. Com isso, cada dia que passa a temperatura vai aumentando mais um pouco. Mas estamos de férias e em Roma, então quem liga? Bora ser feliz!
Chegar de qualquer rua dos arredores e dar de cara com o Coliseu bem ali na sua frente, aquele que foi cenário de tantos e tantos filmes e histórias, é quase como colocar o pé em um universo paralelo. É simplesmente surreal. Impressionante e chocante. Ao mesmo tempo em que você fica boquiaberto com a grandeza arquitetônica de algo que foi construído há mais de 1.900 anos, quando nem existia tecnologia ou coisa do tipo para colocar algo tão grandioso em pé, refletir sobre o peso histórico de tudo que aquele cenário testemunhou é como absorver uma carga gigante de informações em apenas um segundo.
Rodamos um pouco até encontrar o portão de entrada e começamos a explorar a rota indicada para o passeio. Prepare-se para muitas escadas e muita gente se você for na alta temporada. Os corredores do trajeto são repletos de história: objetivos, projetos e explicações sobre cada detalhe essa obra magnífica e de tudo que seus corredores observaram ao longo dos anos. Em vista do quanto estava lotado, passamos rapidamente por parte da exposição, mas se você tiver tempo e o movimento permitir, vale passear com calma pelas explicações.
Depois de superar os lances de escadas e as multidões, chegamos na emblemática vista interna da arquibancada. E é difícil explicar como se sente estando ali. Acho que só vivendo essa experiência para entender. É como se sua mente pudesse até mesmo reproduzir os sons e cenas que o cinema criaram para completar o que apenas a estrutura arquitetônica conseguir preservar.
Então você olha para tudo aquilo e pensa: como conseguiram botar tudo de pé em apenas 8 anos somente com as mãos? Sem os maquinários e tecnologias modernas, com tanto prédio aí hoje em dia que não consegue entregar a obra no prazo? E mais: feito para durar e contar a história para tantas e tantas gerações? Não tem como sair incólume dali. O trabalho escravo construiu coisas na história da humanidade que jamais seremos capazes de entender (Alô, Pirâmides!).
Símbolo do império romano, o coliseu foi construído para levar entretenimento ao povo. A política do pão e circo, que tanto ouvimos falar na escola. Execuções, batalhas navais (ahan!!!), combates de gladiadores, lutas e caça de animais. Todo tipo de ação passou por ali durante cinco séculos. Até que, no século V, Roma foi atingida por um terremoto que afetou a estrutura do local. Entretanto, ele foi restaurado posteriormente e, séculos depois, foi utilizado como base militar. Durante a Renascença (a partir do século XV) foi diversas vezes saqueado e perdeu grande parte de seus materiais valiosos.
Algumas curiosidades, só pra você ter ideia:
- O Coliseu de Roma é o maior anfiteatro do mundo e um dos maiores símbolos da cidade italiana.
- Inicialmente, ele possuía três andares e depois foi adicionado outro.
- O Coliseu possui 45 metros de altura, que corresponde a um prédio de dois andares (mas parece muito mais que isso!).
- O Coliseu foi construído com concreto e areia. Também foram utilizados: pedra, mármore e ladrilho.
- Na Roma Antiga, ele abrigava entre 50 e 80 mil pessoas. Possuía cerca de 80 escadas, o que facilitava a saída de tanta gente.
- Durante os Jogos Inaugurais estima-se que morreram cerca de 9 mil animais e 2 mil gladiadores.
- A arena media 87,5 metros por 55 metros.
- Alguns espetáculos incluíam animais exóticos, os quais eram importados da África como leões, panteras, elefantes, rinocerontes, girafas, etc.
- As arquibancadas eram divididas segundo as classes sociais: o pódio, para as classes altas; a maeniana, para a classe média; e os pórticos, para a classe baixa.
- Ele foi construído no local que sofreu com um grande incêndio durante o governo do Imperador Nero.
- A arena do Coliseu foi construída em madeira. No entanto, recebe esse nome uma vez que a estrutura era coberta de areia.
- Atualmente está sem piso e o labirinto de túneis secretos, ou “hipogeu”, está à vista há mais de um século. Em 2021, o governo italiano prometeu a criação de um novo piso retrátil que restaurará o anfiteatro à sua glória da era dos gladiadores. As autoridades italianas esperam concluir o projeto até 2023. Com o novo piso, eventos culturais, como produções de teatro e concertos, poderão ser realizados no Coliseu. Imagina assistir um show naquele lugar!!! Já quero um ingressooooo…
Bom, circulamos toda a volta observando os detalhes (e por vezes buscando uma sombrinha para aliviar do sol árido e dolorido na pele). Mas de qualquer ponto a vista impressiona. Existe ainda um ingresso noturno para o Coliseu, que deve ser também uma outra experiência fantástica! Mas não seria nossa nesta viagem por questões de cronograma apertado, rs.
Pois bem, Coliseu concluído – e detalhe: se você for ficar o tempo necessário para se sentir satisfeito com a visita, talvez não saia dele NUNCA! – partimos para nosso próximo destino da tarde: o Arco de Constantino, Foro Romano e Palatino.
Arco de Constantino
A região do Coliseu abriga importantes pontos da Roma antiga e te ajuda a entender a estrutura que formava a cidade nos tempos áureos da glória dos imperadores. Logo ali ao lado da arena está o Arco de Constantino, construído no ano 315 em comemoração da vitória de Constantino I o Grande na batalha da Ponte Milvio. O arco tem 21 metros de altura, 25,9 de largura e 7,4 de profundidade. Sob ele passava a Via Triunfal, a rota seguida pelos grandes generais e imperadores romanos em seus triunfos.
Nos relevos do monumento, feito com blocos de mármore, podem ser vistas estátuas extraídas do Fórum de Trajano e alguns relevos nos quais aparece Marco Aurélio distribuindo pão entre os pobres, além da representação de Trajano depois de sua vitória frente aos Dácios. Cada detalhe, inscrição e escultura entalhados no arco tem seu próprio significado, simbolizando batalhas, heróis, histórias e muito mais. Seriam necessários alguns livros para contar um pouco de cada uma delas.
E se de um lado está o Coliseu, do outro está nada mais nada menos do que o Monte Palatino, a mais central e importante das colinas de Roma (são sete no total) e uma das mais antigas partes da cidade. Ela tem uma elevação de 40 metros acima do Fórum Romano, para o qual tem vista em um dos seus lados. De outro, domina o vale ocupado pelo Circo Máximo. A partir da época de Augusto, os palácios imperiais de Roma passaram a ser construídos ali.
Monte Palatino e Fórum Romano
Reza a lenda que foi no Palatino que os gêmeos Rômulo e Remo foram encontrados e alimentados pela loba Capitolina. Ao se tornarem adultos, foi ali que Rômulo matou o irmão e fundou a cidade de Roma em 753 a.C. A lenda diz que quando os irmãos decidiram construir uma cidade às margens do rio, como não conseguiam chegar a um acordo, então Rômulo assassinou Remo e resolveu seguir seus próprios planos (mimado ele, né 🤌🏼).
Ao longo dos anos, o monte concentrou os palácios da aristocracia romana e era na antiguidade o melhor lugar para se viver. Hoje suas ruínas representam um importante acervo a céu aberto, embora existam apenas algumas partes das velhas estruturas, que permitem apreciar e imaginar o estilo de vida daquela época.
O lugar é simplesmente GI-GAN-TES-CO e abriga mais de 20 monumentos em uma espécie de mini-cidade que transporta você diretamente para a Roma antiga em um piscar de olhos e te faz se sentir só um pedacinho de areia em meio à grandeza que se tornou tão característica no povo romano. Até por isso o ingresso vale por 24h a partir do momento da sua entrada no Coliseu, para que você possa dividir sua visita em dois dias e apreciar tudo com mais tranquilidade (o que não aconteceu pra nós, já que a TAP lascou nosso programação, que seria começar o passeio logo cedo, já que no domingo a programação já estava fechada). O ingresso único garante o acesso às três atrações mais famosas e importantes de Roma: o Coliseu, o Palatino e o Fórum Romano.
Começamos nossa jornada (debaixo do sol escaldante mesmo quase às 4h da tarde). Seguimos em sentido subida e olha, foi sofrido, mas a vista compensa demaaaaais! Não seguimos nenhum guia específico das atrações, mas você consegue acompanhar com facilidade as placas e entender a explicação de cada ponto em frente à elas. Você poderá ver a casa de imperadores, suas esposas e até mesmo as ruínas da cabana de Rômulo.
Algumas curiosidades:
- Segundo a mitologia romana, a caverna onde viveu Luperca, a loba que protegeu e amamentou Rômulo e Remo, ficava no Monte Palatino;
- O Palatino sempre representou um lugar sagrado para os romanos e por isso somente “os escolhidos” poderiam frequentar o lugar;
- Os romanos também acreditavam que a luta mitológica entre Hércules e Caco – filho do Deus Vulcano, o deus do fogo – aconteceu no topo do monte;
- Na antiguidade, era o melhor lugar para se viver, muitas pessoas importantes como o poeta Cátulo, o orador Cícero e imperadores como Calígula, Tibério e Nero viveram nele;
- Os Museus Capitolinos, que são os museus públicos mais antigos do mundo, localizados na Piazza del Campidoglio, guardam a famosa escultura da “Loba Capitolina” (Luperca) – e nós os veremos amanhã;
- Existe uma área do Palatino ainda não tocada pelos arqueólogos, chamada “No man’s land”!
Ainda no monte e entre os mais de 20 monumentos que citei está o Fórum Romano. No início da república, o Fórum era um local caótico. Por volta do século II a.C., foi decidido que Roma precisava de um lugar mais sério e toda a bagunça foi substituída por cortes de justiça e centro comerciais. Foi durante séculos o centro da vida pública romana: o local de cerimonias triunfais e de eleições. Também era o local onde se realizava discursos públicos, processos criminais. O Fórum possui pelo menos dez templos, três basílicas, quatro arcos e outras pequenas construções.
Do Palatino você também consegue dar uma espiadinha no Circo Máximo, cenário das famosas corridas de bigas. Situado no vale entre o Aventino e o Palatino, media 621 metros de comprimento e 118 metros de largura e podia acomodar mais de 150 000 espectadores. Em sua forma mais completa, tornou-se o modelo para todos os demais circos do Império Romano. Atualmente o local é um parque público e deu para perceber pela montagem de equipamentos que ia rolar algum festival de música por ali…
O que o primeiro dia em Roma nos ensinou foi que por lá tudo é monumental. Cada edificação tem proporções muito maiores do que qualquer filme, vídeo ou fotografia são capazes de representar. Roma é a própria história viva, berço da cultura. Da civilização romana herdamos inúmeras características culturais que se disseminaram mundo afora. Mas estar lá é respirar uma atmosfera única.
OLHA ESSA VISTA:
Em determinado momento eu precisava MUITO encontrar um banheiro. Quando vi uma placa, não pensei duas vezes, resolvi ir na direção dela. O que a placa não dizia é que o banheiro estava a uns mil km dali! Meu Deus! Andei pelo menos 1km para chegar em um banheiro de uma das entradas do Palatino que, em final de dia de muito movimento, já estava deplorável e sem papel. Então voltei todo aquele trecho sem sucesso e com os pés ainda mais arrebentados do que já estavam.
CURIOSIDADE: andamos uma média de 8-15km por dia quase TODOS OS DIAS durante a nossa viagem, sempre debaixo de MUITO SOL (não pegamos NENHUM dia de chuva ou nublado). Então imagine o estado das pessoas aos finais dos dias… Mas cada dorzinha valeu MUITO a pena e eu faria tudo de novo (obrigada, Guia Darci ❤️).
Jantar, Gelato e Cama
Horas e quilômetros depois, com a meta do Palatino cumprida (aqui vale a mesma lógica do Coliseu: se você for ficar o tempo necessário para se sentir satisfeito com a visita, talvez não saia dele NUNCA!), saímos de lá cansaditos e com bastante fomita.
Logo, bora caçar um jantar bem italiano pra finalmente conferir a primeira refeição típica da viagem!
Jantamos no Ristorante Aquila Nera e já tratei logo de eliminar um item da minha lista de metas gastronômicas: uma típica massa all’amatriciana, que estava DELICIOSA! E depois partimos em busca da sobremesa: um GELATOOOOO!!!! Finalmenteeeee!!
Pausa essencial: Prazer, meu nome é Letícia, não ligo pra doces e sou mais do salgo, EXCETO se estivermos falando de sorvete. Meu vício, desde sempre. Um grande problema quando passei a morar sozinha e não tinha ninguém para limitar os potes de 2L que eu consumia sozinha de modo ilimitado e até vergonhoso, responsáveis por boa parte dos kgs que engordei naqueles anos iniciais de independência total. Cresci, amadureci e aprendi que aqueles sorvetes gordurosos são terríveis, mas não deixei o vício, apenas migrei para opções mais saudáveis – e ainda mais saborosas!
Pois bem… Encontramos dentro da Estação Termini uma Venchi, rede de gelateria fundada na Itália e bem famosa por lá (e que eu já descobri que tem uma no Itaim, em SP, pra quando der saudade). QUE GELATO, senhoras e senhores. Peguei os sabores tiramissu e banana split e qual a minha surpresa ao descobrir que banana split teria um gosto tão incrível! Certamente isso ia prejudicar muito a minha meta de provar sempre sabores diferentes a cada gelato italiano.
E SIM! O gelato italiano é bastante diferente do nosso sorvete habitual. Não é só lenda não. Mais artesanal e sem os típicos corantes e conservantes do sorvete industrializado, a tradição italiana confere uma presença de sabor e textura que tornam a experiência muito melhor. Não que a gente não tenha isso no Brasil. Temos sim! Há muitas gelaterias mudando a experiência do sorvete no mundo todo. Mas como lá isso é muito forte, o gelato ganha força frente às indústrias de massa da vida.
Aliás, você sabia que o nome da Kibon na Itália é Algida? Se não é pela logomarca inconfundível, eu jamais saberia, rs… Mas não, não consumimos nada de sorvete industrializado por lá, só GELATO permitido para mio core ❤️
Pés cansados, calor absurdo e o sol ainda alto e quente às 20h (sim!), mas com o estômago feliz, voltamos para o hotel para tomar um banho mais que merecido e descansar depois de um looongo dia (que começou às 4h lá em Lisboa, lembra?). No dia seguinte teremos muito mais pela frente…
Finalmente deu pra ajeitar as coisas no quarto, agora com mais calma. Nossa hospedagem era um AirBnB que basicamente foi um apartamento um dia. O proprietário transformou os quartos para locação com banheiro interno e o banheiro externo virou um depósito, enquanto a sala se transformou em uma recepção/café. Não tem café da manhã incluído. E apesar da nossa primeira impressão não tão boa com o checkin meio desordenado (um pouco pelo nosso cansaço da viagem e Lisboa e impaciência para ir logo ao Coliseu), as instalações eram bem ok, confortáveis, chuveiro bom (sempre importante isso) e tudo correu bem ao longo da semana.
Mas nenhum cansaço, sol, dor no pé, multidão ou qualquer coisa conseguiu tirar um detalhe de mim: aquele sorrisinho feliz e discreto na alma, que continuava radiante e se tornava físico toda vez que eu me dava conta que ele existia (como agora, outra vez).
Bora descansar que amanhã tem (muito) mais! Afinal, estamos na Itáliaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa 🤌🏼❤️
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FOTOS >> Para ver mais fotos espie os destaques no meu perfil do instagram: @leticiaspinardi
Cinthia
9 de outubro de 2022 at 21:01Que delicia viajar junto com vocês, através destas palavras e detalhes.
Obrigada por compartilhar cada riqueza deste momento.
Letícia Spinardi
10 de outubro de 2022 at 06:10❤️😘