Brutal. Não consegui encontrar outra palavra para definir esse longa.
Brutal pelo motivo tão banal que tira a vida do jovem James e desencadeia toda a saga de faroeste que vc verá em tela.
Brutal pela violência enraizada nas origens selvagens da velha cultura interiorana americana.
Brutal por como Margaret e George Blackledge não medem esforços para salvar seu neto Jimmy. Brutal por como são castigados por isso. Brutal por como conseguir a liberdade do pequeno tem um preço tão alto.
Quando “Deixe-o Partir” entra em cena, mesmo sabendo do trailer prévio tenso, você não espera que o ritmo morno da fazenda possa ficar tão brutal. Mas a medida que a história se desenrola, não estranhe se grudar a bunda no sofá e perceber seu maxilar travado involuntariamente.
A trágica morte de James em uma queda de cavalo é o estopim para toda a trama. Alguns anos depois, a viúva Lorna (que você, assim como eu, vai querer matar várias vezes durante aquelas 2h) se casa novamente com Donnie Weboy, um homem violento que a leva embora para o rancho da família na Dakota sem deixar vestígios para os Blackledge.
Testemunha da violência de Weboy, Margaret encarna a vó heroína e faz as malas disposta a só voltar pra casa com seu neto nos braços. O marido, xerife aposentado, a acompanha mesmo sabendo que essa seria uma missão impossível. Mas é somente ao se dar conta de onde seu neto foi parar que ele vai mudar de ideia e tomar a frente em uma guerra sangrenta para salvar a vida de Jimmy.
Quanto mais os Blackledge se aproximam do covil dos Weboy, mais tenso o filme vai ficando.
Mas nada te prepara para sair da tela dilacerado com aquele final….
Só assista. Puta filme.
(sem falar no peso do elenco estrelado e afinado em ação)