Mas enfim, tudo isso para desenterrar um de seus feitos (ainda como ator) que qualquer ser da geração oitentista vai se lembrar com carinho? “O Último Grande Herói”, que peguei no comecinho, sem querer, numa daquelas mudadas básicas de canal pra ver se tem algo interessante na TV madrugada adentro.
No longa o garoto Danny Madigan (o sumido Austin O’Brien, que depois envolveu-se em algumas poucas e não tão aclamadas produções) é um fã incondicional do personagem Jack Salter (Arnold Shwarzenegger, garantindo um de seus papéis mais hilariantes, tirando sarro e auto-criticando a si mesmo, como poucos atores de renome teriam peito pra fazer). Danny ganha um ingresso mágico de cinema e vai parar dentro do filme de Slater, vivendo com ele as grandes aventuras que sempre vibrou assistindo do lado de cá (inclusive com participações especialíssimas de desenhos animados e uma Sharon Stone a la Instituo Selvagem). Até que o ingresso vai parar nas mãos dos vilões do filme e eles vêm parar na realidade, onde Slater vai conhecer o ator que o interpreta, Arnold Schwarzenegger.
No fundo, o enredo é uma divertida sátira aos filmes de ação, e é justamente aí que está a grande graça da história: o destaque aos péssimos trocadilhos, a certeza do que vai acontecer na próxima cena, a fala manjada das personagens, e tudo sem perder a linha de raciocínio da história que está se passando dentro e fora da tela do filme, no filme (isso ficou meio confuso, né, mas acho que vocês entenderam…).
Muito bom assistir de novo, tanto pra rever a performance de um astro em sua fase (cinematográfica) mas gloriosa quanto para sentir aquele gostinho de infância novamente…
A opinião sobre o Arnold-versão-governador a gente deixa pra outro dia…
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