Depois de tantos anúncios com um elenco cheio e nomes de peso, não tinha como deixar de lado a premissa aparentemente interessante de Nine Perfect Strangers – Nove Desconhecidos.
A verdade é que talvez não seja tudo q você espera em relação à expectativa criada. Mas entrega um bom entretenimento. É provocativa, por vezes emocionante e com o lançamento de um episódio a cada semana deixou muitos espectadores como eu tensos ao final de vários capítulos.
Foi difícil voltar a viver tendo que esperar um novo episódio a cada semana… Na era em que o streaming nos deixou (mal) acostumados a maratonar tudo, ter só um golinho a cada sete dias é tratamento forçado para seres ansiosos. Mas tentei transformar a sessão no ritual do domingo a noite e funcionou bem.
Os três primeiro episódios liberados juntinhos deram a tônica que precisávamos para uma combinação de mistério sobre o perfil de cada personagem e os métodos um tanto incomuns utilizados por Masha (Nicole Kidman). E a cada episódio um deles tinha sua trajetória destrinchada aos poucos. Mas é o último episódio que reserva a maior carga emocional da série.
Meus personagens favoritos são Tony (Bobby Cannavale) e Francis (Melissa McCarthy), sem dúvida.
Nicole Kidman encarna a guru psicodélica doida Masha e cabe à Carmel (Regina Hall, ótima) manter ativa a cara de desequilibrada, enquanto os Marconi são o trio com mais questões emocionais a serem resolvidas.
Mas os melhores momentos ainda são de Francis e Tony. Melissa dando os primeiros passos para sua fase comédia menos escrachada e mais emocional, seguida pelo belíssimo The Starling (assista). E Bob sendo um cara comum com muito a entregar, e não mais um sub personagem gangster ou de apoio em qualquer comédia por aí. Merecido seu destaque.
Luke Evans acaba subestimado como Lars, dado seu valor como ator. Mas entrega um personagem em camadas com a qualidade que só alguém experiente como ele poderia.
Enfim, Nine Perfect Strangers não é nada excepcional. Mas vale como diversão para o domingo a noite.
Tem na AmazonPrime.