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Dia 08 – Vegas, Baby!

Depois de um dia inteiro cruzando o deserto e zero vida social, é hora de interagir com o mundo na cidade mais animada possível: Vegas! E mesmo sabendo que o que acontece em Vegas, fica em Vegas, a gente compartilha uma parte da experiência com você…

Foram horas e horas de uma imensidão amarela, muito calor e quase nenhum sinal de vida humana. A natureza, mesmo que com sua própria característica desértica, é a única companhia quando você atravessa o trecho mais árido do Deserto do Mojave e apenas no Death Valley encontramos sinais de vida com outros turistas que passavam pela região.

Então depois de uma bela noite de descanso para recuperar as baterias, é hora de curtir a cidade das luzes! A programação era básica: explorar Las Vegas:

  • 08:00 – Café da manhã
  • 09:00 – Viva Las Vegas!

E, é claro, você sabe como funciona: o que acontece em Vegas, fica em Vegas… Mas uma parte da gente resolveu compartilhar com você 😉

WELCOME TO FABULOUS LAS VEGAS

Como o cansaço era grande e dormimos tarde, levantamos um pouco mais tarde… Afinal, estamos em Vegas, né… Essa cidade nunca dorme e nossa estadia aqui era programada até o dia seguinte, então dormir era bem-vindo.

Deixamos o Motorhome bem guardadinho descansando no Arroyo Square Market e pegamos um uber rumo à placa mais famosa da cidade: o Welcome To Fabulous Las Vegas Sign.

Foram 7,5km, cerca de 13 minutos com um trecho de trânsito próximo à placa. E dá-lhe fila…. Uma looonga fila de turistas que também acham que não faz sentido ir à Vegas e não ter foto no luminoso mais famoso da cidade, né. Chegamos até a pensar se era o caso de voltar depois, mas melhor não arriscar mais o cronograma…

Com muita paciência, entramos na fila, debaixo de um sooooool abzuuurdo… E tinha um tiozinho lá organizando a fila e tirando fotos para ganhar uns tips. Algumas pessoas o dispensavam… A gente já tava no buraco mesmo, né… Abraçamos o capeta… E o tiozinho fez uma infinidade de cliques…

Como somos de Itu, eu devo confessar que achei a placa bem “inha”…. A gente sabe que televisão e cinema geralmente aumentam a dimensão das coisas, mas aqui em Itu essa placa aí seria beeeem maior de verdade, viu… rs

Bom, meta cumprida, partiu Las Vegas Strip, um trecho de 6,7km da Las Vegas Boulevard, onde se localizam a maioria dos hotéis e casinos da cidade.


LAS VEGAS STRIP

Como a caminhada para chegar até o início do trecho era de 15 minutos, fomos a pé mesmo… Eu fiz a incrível idiotice de ir de chinelo… Nem vou comentar esse fato. Foi atestado de burrice internacional que me renderam uma bolha enorme para cada pé e dor na panturrilha por forçar o andar tentando aliviar as bolhas…. Mas nem por isso andei menos! Talvez só um pouco mais devagar que o habitual (o meu devagar é o normal das pessoas, porque todo mundo reclama que eu ando correndo rs).

Logo à nossa frente, do lado direito estava uma loja enorme da Harley Davison e à esquerda o Mandalay Bay. O complexo não faz parte ainda do Las Vegas Strip, mas é gigantesco e abriga, entre outras coisas, casinos, o Shark Reef Aquarium, clubes e a casa de shows House of Blues.

 

Só o estacionamento era tão gigante que nem nos animamos a atravessar e ir até a entrada…. Achamos melhor primeiro fazer o reconhecimento geral e depois, com tempo livre, aproveitaríamos o que nos chamasse mais a atenção.

A verdade é uma só: se você quiser conhecer em detalhes a Las Vegas Strip toda e conhecer o interior de cada uma das grandes atrações, reserve, pelo menos, três dias.

Continuamos nossa caminhada sedentos por água, já que o sol e calor estavam de matar e esquecemos as garrafinhas no carro. E logo na quadra seguinte o próximo monumento era o Luxor, imponente com sua pirâmide que abriga o Sports Arena de Las Vegas e acompanhado pela esfinge, trazendo um pedacinho do Egito para a cidade.

Na sequência estão Excalibur, que traz como parte de sua fachada as torres de castelos que parecem saído dos contos de Rei Arthur.

Atravessando a rua (e ainda estamos falando do lado esquerdo da rua, pois até então o direito está mais “mortinho” de atrações), temos o monumental New York – New York, com a fachada da big apple, sua estátua da Liberdade e uma montanha russa que contorna e mergulha por entre as torres do complexo e, algumas vezes, espalha gritos com o vento. Não nego, fiquei querendo experimentar a brincadeira! Mas meu irmão dispensou e seguimos o fluxo turístico da rua, rs…

A essa altura, do lado direito temos o MGM, outro famoso complexo de Vegas, que abriga, entre outros, o show de David Coperfield.

Pausa para falarmos de estrutura… a Las Vegas Boulevard tem, no total, 11 faixas de veículos, compartilhadas entre ida e vinda e conversões… O que torna impossível o fluxo se os turistas tivessem que enfrentar todos esses carros… Para resolver essa questão, foram construídas plataformas de travessia a cada trecho. As plataformas são contornadas por vidros para não impedir a vista panorâmica da rua luminosa e, em algumas delas, há escadas rolantes e até mesmo elevadores. Então Las Vegas é também acessível.

Para matar a nossa sede, entramos no New York New York comprar água e dar o primeiro rolê interno. E sim, quando você entra no casino, é tudo aquilo que você vê nos filmes….

 

A caca foi que entramos em uma loja da Hersheys para comprar água…. E por mim já dava para perder o resto do dia ali mesmo, comendo cada uma daquelas gordices insanas…

 

 

Dentro do complexo, uma mini cidade foi construída para simular um vilarejo. E você encontra de tudo que quiser por ali… dos jogos aos comes e bebes. Fica até difícil escolher o que saborear… Passeamos pelo vilarejo (e você vai precisar do Google Maps até lá dentro para se orientar porque é realmente grande!) e chegamos à praça externa, onde escolhemos uma lanchonete chamada Bruxie para lanchar/almoçar.

Como estávamos em Vegas, achei justo já pedir um frozen alcoólico para entrar no clima… E gelado como estava, não poderia ter caído melhor….

 

Para comer, buscamos o mais diferente de tudo que já tínhamos lanchado até então. A especialidade da casa era um lanche em que o pão era substituído por wafles. E tava bem bom!

Finalizamos e seguimos pela praça, onde havia o primeiro trailer de venda de tickets de última hora para os shows. Nossa intenção era viajar com algo comprado já, mas foram tantas coisas para decidir que essa ficou e deixamos para escolher em Vegas mesmo. Celine Dion já não estava mais em cartaz… Cher esgotada… Bruno Mars quase esgotado… E algumas outras opções de show musicais, de mágica ou Circo De Soleil. Olhamos, olhamos, olhamos e nada… Essa eu queria deixar para meu irmão escolher… eu já tinha visto Bruno Mars, já tinha visto Circo de Soleil, então acho que deveria ser dele a preferência… Se não eu já escolheria Magic Mike e pronto! Hahaha…. Resolvemos caminhar enquanto ele pensava a respeito e continuamos nossa saga pela Las Vegas Strip.

Ainda do lado esquerdo, outro complexo MGM e, pouco à frente, a entrada na região de Vegas Valley, onde está a grande concentração de atrações.

Entramos então, anda do lado esquerdo da rua, no Cosmopolitan (que sempre me faz lembrar o drink da Carrie em Sex and the City), e de lá atravessamos a rua para o Planet Hollywood, que é praticamente um shopping gigante. Em uma de suas entradas está um dos vários restaurantes locais de Gordon Hamsay.

O interior de cada casino é um mundo à parte. Precisaria escrever um post inteiro sobre cada um para tentar começar um esboço do que esse universo à parte significa. Mas em todos lugares há um denominador em comum: pessoas em busca de diversão.

Há quem esteja acompanhado, quem esteja sozinho, em amigos, famílias. Vegas é um nicho gigantesco de diversidade sem fim. Você sempre encontrará algo com o que se identificar.

Em tempo: neste trajeto um dos amiguinhos do Magic Mike já tinha me abordado na rua convidando pra um show mais tarde….

Continuamos descendo pelo lado direito da rua e o próximo casino é o Paris, onde você encontra uma réplica da torre Eifel fora e dentro do complexo. O interior simula até mesmo o céu em seu enorme pé direito.

Seguindo, temos o Flamingos, com um clima tropical animado, depois o Harrah’s, depois o Casino Royale (eu juro que procurei o James Bond) e o Venetian Resort. E aí resolvemos fazer mais uma paradinha para descansar.

 

 

 

O Venetian é incrível… Respira arte por dentro e por fora. Desde sua arquitetura pensava para lembrar as ruas de Veneza, dando inclusive a opção de um passeio de gondola que trafega dentro e fora do hotel – veja o tamanho da estrutura! – até o detalhe de cada arte aplicada nos tetos e paredes do complexo.

Em Vegas, até os banheiros transpiram ouro.

 

De lá, como já estamos finalizando o trecho principal da Las Vegas Boulevard, decidimos atravessar a rua e fazer o retorno pela direita, começando com o gigantesco The Mirage. E o nome não é à toa… Todos os detalhes são pensados para te fazer se sentir em um verdadeiro oásis, por dentro e por fora.

De lá seguimos para o Caesars Palace, onde presenciamos uma cena bem inesperada no meio da multidão em frente à primeira fonte do complexo. Um homem que tinha saído correndo do nada volta puxando um trombadinha pela orelha…. Ele e o parceiro tinham furtado um celular na multidão. O amigo, ligeiro, fugiu. Mas este foi pego pelo homem, que não era nada além de um turista revoltado. O menino chorava e gritava porque teria que pagar sozinho pela injustiça, o segurança do local tentava botar ordem na casa e outros turísticas que observavam criticavam o homem pela agressão ao menino (além de literalmente trazer pela orelha – e pelo visto doeu, porque o puxão foi demorado – ele ainda ganhou um tabefe na nuca como adicional). Por um momento parecia que estávamos no Brasil….. Mas isso é pra provar que nosso país não é o único a sofrer com isso. Certo ali não tinha ninguém…. Nem o menino, nem o homem… Mas esse problema é muito maior do que esse post para focarmos nessa discussão. Ficamos incomodados com a situação e resolvemos sair logo dali, indo para a entrada do Caesars explorar o interior…

 

E que interior! O lugar não é um dos mais famosos a troco de nada. Só da calçada até a entrada você encontrará todo tipo de escultura. E lá dentro há muito mais.

 

Do Caesars partimos para o Bellagio, outro entre os favoritos da rua. E lá há uma atração que todo mundo quer acompanhar: o show das fontes ao som da música. Como ao entrarmos ainda era dia, aproveitamos bem o passeio esperando para ver o show na saída…. E não é nada muito simples, já que aquela deve ser uma das calçadas mais concorridas do mundo.

Justamente quando estávamos trilhando para a saída, as fontes faziam um show emocionante ao som de Andrea Boccelli e seu Con Te Partiro… Vimos dos fundos, mas do alto, então acho que foi quase um camarote…. Depois descemos para assistir uma versão completa. Som, luzes e música são pensados para um espetáculo completo. E não há como não ficar encantado com a mágica diante de seus olhos….

 

Como turista está se tornando – não todos, mas uma maioria – um ser irracional, é difícil concorrer amigavelmente pelos lugares… Mas dado um momento e muita paciência, conseguimos.

 

Com o trabalho noturno aberto, voltamos ao Planet para jantar. Eu queria provar novamente o Earl of Sanduich (saudades de 2012). Pedi uma salada tailandesa que me faria sentir o calor do deserto até no polo norte… kkkk

Descansados um pouco os pezitos (e as bolhas), iniciamos a parte noturna da diversão…. Mas aí acho que vamos adotar aquela parte do “O que acontece em Vegas, fica em Vegas” 😉

 

O mapa de hoje foi mais ou menos esse… andamos cerca de 15 km a pé hoje…. O negócio é andar mesmo… De carro não faz sentido… Mas você vai andar muuuuuuuuuuito! Porque apesar de ser tudo perto, é um zig-zag infinito e muito chão pra queimar.

 

Em tempo: na volta para o Arroyo Square Market, pegamos um uber que era bastante simpático e fez várias indicações… Pra nós já não dava tempo de aproveitar, mas você pode usar…

Ele falou tanto do Aquário de Mandaly Bay que pelo jeito realmente vale a pena. E também disse que há vários casinos interessantes fora do eixo principal do Las Vegas Strip.

E vá de tênis!!!!!!!

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