Quando você gosta de música e gosta de dança, um dos caminhos mais comuns é levar a música que você já conhece para a dança, elaborando coreografias, passos e apresentações em cima da melodia, voz e todo conjunto que pode transformar um ensaio em um número mágico.
Mas nas vezes em que o inverso aconteceu e a dança me apresentou novas músicas, uma bela caixa de melodias adoráveis se abriu à minha frente….
Quando eu achava que a dança seria o atrativo, ela não poderia ter sido mais perfeita sem a música escolhida especialmente para cada número. E hoje quero compartilhar 5 dessas doces descobertas aqui.
Beneath Your Beautiful, Labrinth ft. Emeli Sandé
Um belo dia, já encantada pelo desempenho de outra cantora, Kellie Pickler, mas que aqui fazia papel de dançarina ao lado de Derek Hough em Dance With The Stars, conheci Beneath Your Beautiful em um dos mais intensos e emocionantes números do casal. E desde então essa música assumiu a posição número um da minha lista de músicas preferidas e tá difícil alguém desbancar.
Sua letra tem uma certa realidade poética, que fala sobre as barreiras que construímos ao nosso redor para nos proteger do medos e da vida que nos cerca e sobre o amor de verdade que nos desafia a derrubá-las e mostrar-nos como somos por dentro.
Vale a nota que também conheci Kellie Pickler por causa de DWTS e virei fã, sobretudo depois de sua performance um tanto marcante de “I Wonder” no CMA (a letra retrata sua relação com a mãe ausente).
Jar of Hearts, Christina Perri
Acredite, eu não conhecia Christina Perri. ponto. Mas não é pra menos. Foi depois de figurar como base para a apresentação que traduziu toda raiva apaixonada de sua letra pelos movimentos de Billy Bell and Kathryn McCormick em So You Think You Can Dance que a música Jar of Hearts foi lançada ao mundo…
Um ano depois a queridinha dos corações apaixonados estava no topo das paradas embalando o casal de vampiros que brilha no sol na trilogia Crepúsculo, além de gravar um belo dueto (Distance, lindíssima) com Jason Mraz.
Rise U, Andra Day
Essa belezinha já vem carregada de significado e tem tudo a ver com a história das meninas Mersey em Britain Got Talent. A personagem principal sofre de escoliose e encontrou no programa sua última chance de fazer o que mais ama antes da arriscada cirurgia de correção para seu desvio. E transformou isso em uma bela e adorável conquista, provando que todos podemos vencer quando fazemos algo com amor, com paixão.
E é justamente sobre isso que Rise Up fala. Sobre ser forte, ter esperança e nunca desistir. A música ainda tem uma ligação maravilhosa com a relação de amizade das meninas, que dançam juntas desde os 5 anos fazendo um paralelo com o apoio citado na música para se manterem fortes juntas perante qualquer desafio. Não foi a toa que rendeu um Golden Buzzer de Alesha 🙂
(E com essa música, de quebra, descobri Andra Day e suas deliciosas melodias…)
Read All About It, Emeli Sandé
Também da nossa querida Emeli, Read All About ganhou um significado muito maior ao embalar uma história feita nas sombras. Em um número de teatro das sombras tão perfeito e fantástico do American Got Talent, foi impossível não se deixar levar pela história de vida de um casal apenas em formas e contornos. E a história traduz toda essência e enredo da música. Incrível.
Fields of Gold, Sting
Tá bom, essa eu conhecia! Mas a verdade é que nunca tinha dado a devida atenção à versão original da música (tendo passado a maior parte da minha infância/adolescencia cantarolando a versão nacioneba – que entrega a idade – “Ouro e Sol“, de Lui Coimba).
Sting é fantástico, eu sei, e adoro ouví-lo. Mas não sei porque essa canção nunca apitou no radar. O fato é que durante as aulas de dança de salão elas se tornaram uma das mais deliciosas ao embalar boleros intensos não apenas pelo aprendizado e prazer de dançar, mas por como é capaz de tocar a alma e levar seu ritmo até o ponto mais profundo de cada um de nós.
Honra ao mérito
Thinking Out Loud, Ed Sheeran
Edzinho merece uma medalha pela coisa linda que fez com Thinkin Out Loud, vai. Quem não se apaixonou pelo número de dança que a música trouxe?! Garanto que a música faria sucesso, mas será que sem aquele clipe seria a mesma coisa? Ainda colocou Ed em uma posição desafiadora e bem longe de sua zona de conforto.
Pois a dança é assim mesmo: envolvente, apaixonante, hipnotizante…