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Um Tira da Pesada 4

Um Tira da Pesada 4

Axel Foley está de volta no pedaço. E se você é nasceu nos anos 80 ou é um fã de filmes do gênero, sabe do que eu estou falando.

Um Tira da Pesada é um clássico da Sessão da Tarde que marcou a carreira de Eddie Murphy em três sequências que cumprem o dever básico para o qual surgiram: divertir sem compromisso. Com um longa de entrada excelente, o 2 e 3 deixaram um tanto a desejar. Mas este 4 veio para completar a missão como deveria.

Com a onda de revivals e retomadas de clássicos do passado – já que tá difícil a nova geração emplacar franquias de peso com a mesma força que a nossa geração viu acontecer – a saga volta à tela abraçada pelo streaming da Dona Netflix para uma quarta aventura do policial mais arruaceiro de Detroit em suas desventuras pelas ruas de Beverly Hills.

E não é preciso muito para entrar no clima da coisa. A sequência de abertura do longa já é toda a essência de Axel Foley incorporada sem deixar nenhum elemento de fora. Tem Eddie Murphy provando que jamais envelhecerá mesmo depois de 40 anos do primeiro filme. Tem The Heat Is On tocando a todo vapor, históricamente eternizado pela franquia e que já nas primeiras batidas te coloca no clima e eleva a expectativa do reencontro com Foley. Tem a bagunça de Detroit. Tem Foley suspenso armando pra caçar bandidos com seu parceiro do momento, que é um fã do policial tanto quanto qualquer espectador do outro lado da tela. Tem ação desordenada generalizada como só Axel Foley sabe fazer. E tem o dublador original que torna o pacote completo.

E pronto. Mesmo que o filme fosse um curta e tivesse acabado ali, já teria cumprido seu papel de retomar o espírito de Um Tira da Pesada como o mesmo deve ser. Todo o resto que vem depois não importa muito, mas cumpre bem o papel de entreter sem compromisso, respeitando as origens do clássico. Tanto que o bônus fica por conta das participações de Judge Reinhold na pele do Detetive William ‘Billy’ Rosewood e John Ashton como o Sgt. John Taggart, a dupla dinâmica que acompanha Foley na trilogia que antecede esta edição (todos provando que realmente apenas Eddie Murphy não envelhece).

A grande novidade e viés pessoal de Foley na história vem de sua relação conflituosa com a filha, a advogada Jane (Taylour Paige). Nascida depois do terceiro longa, ela é um elemento novo e essencial para essa história, assim como o ex-namorado Bobby (Joseph Gordon-Levitt), também policial.

Tudo começa quando Billy informa Foley que Jane (Taylour Paige) está sendo ameaçada por uma gangue perigosa ao aceitar trabalhar como advogada de defesa de um jovem que foi falsamente acusado de matar um policial. Axel descobre que as ameaças estão conectadas a um caso de corrupção dentro do Departamento de Polícia local (cujos certos membros estão escondendo algo muito mais obscuro do que poderia imaginar).

E quem é o corrupto cabeça malvadão em questão: Mr Kevin Bacon, que também vem direto dos anos 80 pra mandar lembranças (e segue provando que só Eddie Muprhy não envelhece, apesar de ele ainda estar bem na fita – e eu também acabei de provar que só Eddie Murphy não envelhece com este jargão direto dos anos 80 kkk). Bacon é o Capitão Cade Grant, um dos membros do alto-escalão do Departamento de Polícia de Beverly Hills que está envolvido não apenas com um cartel de drogas, como tem suas digitais por toda a cena do crime que envolve o caso jurídico de Jane.

Nada de muito especial a ser citado, nada de espetacular. Como todos os filmes da série, algumas risadas, muita confusão, entretenimento simples, boa trilha sonora e missão cumprida. Uma boa escolha para a minha noite de uma sexta-feira após uma semana intensa de trabalho.

E apesar de ir contra uma multidão, obviamente que eu assisti dublado! Era assim que via toda a sequência na Sessão da Tarde e não teria a menor graça se fosse diferente agora.

Depois do primeiro, diria eu que é o melhor da franquia. O que, depois de 40 anos, é um feito respeitável. Bem diferente da retomada de “Um Príncipe em Nova Iorque”, que foi tão cansativa que nem valeu o tempo investido, infelizmente…

Assista sem expectativas com um balde de pipoca na mão e o espírito de uma criança nascida nos anos 80. Receita de sucesso garantida! Eu já tô até com vontade de assistir de novo…

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