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Paparazzi

“Paparazzi” é uma bem-aventurada investida de Mel Gibson na direção de um longa. Não sei se por ele vivenciar no mundo real a situação que a história retrata ou se por simplesmente contar com um elenco e equipe afinados com o enredo. Mas o fato é que o filme merece a atenção do público, principalmente da mídia.

O longa conta a história de um ator, que assombrado pelo assédio sem limite dos paparazzi, situação que causa um grave acidente e põe em risco a vida de seu filho, perde as estribeiras e decide fazer justiça com as próprias mãos, reagindo à perseguição da mídia com as mesmas armas e armadilhas de seus perseguidores. A questão central fica focada justamente justamente na questão dos limites: até onde você iria em busca do seu sucesso profissional (como um belo furo de reportagem ou o clique ideal, pelo qual algumas revistas pagariam fortunas incalculáveis)? Ou até onde você iria para preservar a privacidade de sua família? Fazer justiça com as próprias mãos é a solução?

Assisti “Paparazzi” pela primeira vez em uma aula na faculdade, e naquela ocasião a discussão girava em torno da ética profissional, tema recorrente e bastante reflexivo no longa. É Gibson mostrando o outro lado da fama: a vida real…

É difícil dizer qual o ponto de equilíbrio na relação entre a mídia e as celebridades. Mas é óbvio que no filme as atitudes de ambas as partes são incontestavelmente erradas. Hoje ficou comum ver nos noticiários casos de agressão de paparazzis por astros e celebridades de várias partes do mundo. Mas até que ponto condená-los? O discurso vai longe, e enquanto celebridades e mídia permanecem a se degladiar, Lady Gaga foi na crista da onda e acertou em cheio com a faixa “Paparazzi”.
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