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Harry Potter e a Ordem da Fênix

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Harry Potter cresceu.O ator Daniel Radcliff tornou-se quase um homem e, junto com ele, o bruxinho mais querido do cinema alcança a maturidade de uma forma adversa e trágica, mas sempre tendo em si o significado pelo qual qualquer luta vale a pena: a amizade.

Mais sombrio e consciente, Potter retorna em sua quinta aventura assumindo seu papel de liderança ao comandar uma armada de bruxos e preparar-se para o combate contra Voldemort enquanto Hogwarts recai sob a ditadura da ignorância implantada por Dolores Umbridge, que depõe Dumbledore e nega o retorno do Lorde das Trevas, coisa que Sirius Black e os demais componentes da Ordem da Fênix, grupo formado para lutar contra as forças do mal, tem como fato consumado.
O resultado é um longa de cunho politizado que mostra a transição das personagens em meio às angústias e facetas da adolescência, em que os sorrisos são substituídos por olhares temerosos e já sem o brilho da inocência juvenil.

Direcionado para quem acompanha a trajetória dramática do bruxo desde o início, a seqüência ganhou o tom exato nas mãos do até então desconhecido David Yates (que certamente foi de desconhecido para celebridade num piscar de olhos). É possível observar a perfeição na atuação mais dramática dos atores, principalmente no trio central da trama: enquanto Harry passa a assumir atitudes, Ronnie permanece a seu lado mesmo com suas oscilações de humor constantes, assim como Hermione, que até abandona por um instante o estigma de chata (e não apenas por finalmente quebrar as regras). Mas o elenco adulto também não faz feio: Dumbledore torna-se mais duro, enquanto a reunificação da ordem é essencial para o enredo. Hagrid faz falta, mas o trunfo é Umbridge, irritantemente odiável e dona da risadinha mais sarcástica da telona.

O grande momento, porém, fica a cargo do mais belo e emocionante duelo de bruxos já visto na história do cinema. A briga de varinhas entre Dumbledore e Voldemort é de arrepiar até os mais céticos e leva a platéia ao delírio.

Os efeitos especiais estão impecáveis e a trilha sonora acompanha o ritmo dark da história (logo no início, a famosa composição ainda é a mesma, mas sua melodia carrega o peso do que a história anuncia).
Enquanto isso, a sétima e última obra literária de J. K. Rowling acaba de ser lançada e já bate todos os recordes nas livrarias do mundo todo, invadidas por fãs ansiosos em saber o gran finalle reservado para Harry e sua turma.

Uma história que cresce junto com seu público e tem o dom de encantar multidões, Harry Potter está deixando sua marca na história do cinema, e certamente vai arrancar muitas lágrimas de saudades em seu adeus final.
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P.S.: HP tem a capacidade de fazer com que eu me sinta uma anciã… Ver a transformação dos jovenzinhos é assustador quando lembramos do primeiro longa… A mudança é notável, tanto física quanto comportamental… Tenho até medo de pensar como será no episódio final.

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