Esse é para quem curte “Fringe”, “Arquivo X”, “Jericho” e outros semelhantes do gênero, mas que caminha para tomar rumos semelhantes à “Lost”.
A premissa é interessante: No dia 6 de Outubro de 2009, durante exatos 2 minutos e 17 segundos, todo a população mundial sofre uma espécie de desmaio coletivo e vê sua vida dali à 6 meses. A partir daí, uma série de acontecimentos se desencadeia baseado no ‘flash’ que as pessoas vivenciaram durante o apagão, nem todos exatamente como poderiam imaginar ou agradáveis, o que faz com que tentem lutar contra a tal previsão, mas só conseguem ver sua vida caminhar para aquele sentido, enquanto uma equipe luta para descobrir o mistério por trás do acontecimento. O ser humano teria uma chance de mudar o futuro?
Aí outros detalhes estimulantes vão sendo inseridos na trama (enquanto se perguntam se o apagam pode acontecer novamente, os pesquisadores não se dão conta de que ele já pode ter acontecido antes, em outros lugares, até que cai a ficha…). Mas aí é que está o grande perigo…. O quão enrolada a história pode acabar ficando se os roteiristas não encontrarem algumas respostas convincentes para o seriado? Afinal, 6 meses é um prazo bem curto… Senão, correm o risco de ficar tão perdidos quanto “Lost” começou a ficar na quarta temporada, andando em círculos sem sair do lugar….
Aliás, com o fim da ilha misteriosa em 2010, “Flash Forward” é a nova aposta para substituir a atração que virou mania mundial.
“Fringe”, por enquanto, está conseguindo manter o ritmo do mistério, desvendando novos e impactantes detalhes lentamente no decorrer da história. Acontece que “Fringe” mescla casos isolados com a continuidade da trama principal, sustentando bem o ‘pacote’ todo, como acontecia em “Arquixo X”. Já “Flash Foward” é 100% concentrado no mistério, como acontece em “Lost”. As histórias paralelas existem, mas não são o foco da coisa.
A 1ª temporada já começa no Brasil (estréia amanhã!) em meio à conflitos, com a saída de dois criadores da série, uma delas motivada pela baixa audiência nos EUA e a outra para que o roteirista dedique mais tempo à sua carreira cinematográfica. A trama é baseada no romance canadense de Robert J. Sawyer (oh! Mais uma ligação, mesmo que indireta, com Lost…. “Sawyer”…..).
Ainda não vi todos os 10 episódios que já foram ao ar nos EUA para dar uma opinião mais concreta, mas os iniciais estão caminhando bem. A presença de Joseph Fiennes como o agente do FBI Mark Benford, protagonista da série, representa um motivo de peso para que a série não seja simplesmente mais uma entre a lista das que se vão tão facilmente quanto chegaram. E já que possui um ‘quê’ de “Lost”, temos também a presença de Sonya Walger, a Pennelope Widmore por quem Desmond era apaixonado em “Lost”, que em “Flash Forward” é Olivia, mulher de Fiennes. E, dizem os boatos, Dominic Monaghan, o “Charlie-Lost”, também deve aparecer na série.
É acompanhar para ver o desenrolar da coisa toda e sentir se “Flash Forward” promete ou não…. Por enquanto a chama está acesa. Resta ver se ela vai se tornar um incêndio ou apenas uma brasa….
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Adelson (TD Séries)
24 de fevereiro de 2010 at 20:35Oi, Letícia!
Eu já assisti os primeiros episódios de Flash Forward. Prometo deixar minha opinião sem contar nada que estrague sua surpresa ao assisti-los.
Eu estou gostando do seriado, mas há restrições. Como você disse, a premissa é muito interessante! Trata-se de uma história que pode ter um bom desenvolvimento. Mas, muitos reclamam do ritmo arrastado que o seriado tem, com poucas revelações a cada episódio. Já me acostumei a isso, então consigo conviver numa boa.
Outra crítica – esta minha – é que atores que eram uma grande promessa estão tendo uma atuação um tanto discreta. Pode até ser intencional, mas isso tira o interesse, de certa forma, sobre grandes personagens.
Mas, críticas à parte, espero que você goste do seriado! Algo bacana é que muitos episódios guardam grandes surpresas para os minutos – ou até segundos! – finais. Então, quando você acha que haverá um final morno, você fica de queixo caído.
Um abraço e parabéns pelo texto! Se eu já não assistisse, começaria a assistir depois de ler seu artigo!
Letícia
24 de fevereiro de 2010 at 20:55Ah, por enquanto estou gostando, Adelson… Senti bem isso que você comentou mesmo, que às vezes a coisa acaba se arrastando um pouco… Mas vamos dar uma chance para ver, hehehe.