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Dia 12 – SLC > Estrada-Estrada-Estrada-Estada-e-Mais-Estrada > Mammoth Lakes

Dia 12 – SLC > Estrada-Estrada-Estrada-Estada-e-Mais-Estrada > Mammoth Lakes

Dia de rodar… Sem parar… Por horas! Esse foi, provavelmente, o dia que mais permanecemos em estrada, sem paradas ou qualquer tipo de atração para fazer uma pausa. Mas a recompensa veio com a chegada em Mammoth Lakes…

Desviar de rota para dar uma passadinha em Salt Lake City e tentar ver um lago rosa que não conseguimos ver teve um preço caro: um dia inteiro de estrada para chegar à Mammoth Lakes, nosso destino de pernoite antes de Yousemite.

Foram quase 10 horas totais rodando estrada adentro e um contagem de quase mil quilômetros, com o roteiro mais simples de todos:

  • 08:30 – Café da manhã  
  • 09:00 – Estrada Estrada Estrada Estrada Estrada…..
  • 19:30 – Mammoth Lake

Logo, você já pode imaginar que o relato de hoje é curtinho…. Mesmo assim separamos algumas coisas que vale a pena destacar…

 

 

UM DIA INTEIRO DE ESTRADA

Mais uma noite gelada nos abraçou. E Deus abençoe as cobertas quentinhas e reforçadas! Deve ter batido 6 ou 7 graus mais uma vez… Agora que estamos mais ao norte já é clara a diferença de temperatura. Apesar do sol muito quente, na sombra faz frio. E a temperatura média não passa muito dos 27 ou 28 graus. E o lago parece trazer alguma luxuosa umidade ao ar pra alegrar nossas narinas sofridas depois de tantos dias no deserto.

Compramos água, demos aquele alô em casa e programamos o gps para mais de oito horas de rodagem. Com a diferença de fuso horário, pelo menos ganharíamos uma hora no trajeto.

A saída de Tooele aconteceu por volta de 9:30 e trouxe os últimos vislumbres do Great Salt Lake e as montanhas de sal produzidas pelo lago. Seriam quase três horas até a primeira parada em Ely pra fazer o dump. Uma estrada reta infinita e 80 milhas por horas que pareciam fazer o grandalhão berrar no pezinho nervoso do brother.

Paramos em Ely, tomamos um delicioso banho sem economia, recarregados o possantão, almoçamos e seguimos (não sem antes uma briga básica e irmãos pra marcar a sexta-feira 13 da viagem, claro).

A paisagem desértica deu lugar, primeiro, às verdes florestas com Pinheiros cobrindo as montanhas como uma manta. Logo depois, o verde saiu de cena e o amarelo tomou conta do horizonte, contornando plantações de algumas dezenas de fazendas. Como pode surgir terra produtiva no meio do nada?

E a cada curva, uma reta infinita surgia. A estrada morria lá na frente no infinito entre as montanhas. E quando parecia que ia acabar, tinha mais. E mais. E mais. E mais um pouco. Nunca vi tanta rodovia reta na minha vida!!!!!!

Por isso as rotas aqui são tão desejadas pelos viajantes aventureiros, mas tão perigosas para motoristas sonolentos.

Dirigi por umas três horas e meia até Tonopah. Lá abastecemos e seguimos para as duas horas finais até Mammoth Lakes.

E aos poucos o amarelo foi saindo de cena para dar vida ao verde novamente…

Pouco mais de uma hora antes de chegar, um cilo com a mensagem “we miss you already” marca a saída do Estado de Nevada. Estamos de volta à Califórnia e ganhamos uma hora no fuso horário.

Bem à nossa frente os picos montanhosos agora já são todos completamente verdes, quase que cobertos por um veludo preto esverdeado.

Passamos pela inspeção agrícola na estrada com uma dupla simpática de atendentes. O objetivo é checar se você não está contrabandeando algo do jeito errado.

A partir daí já começamos a desbravar a extensa faixa de preservação da Reserva natural que se funde com Yousemite. A entrada ainda tem vegetação rasteira e algumas poucas casas espalhadas ao redor…

Passamos por uma placa informando 6000 feet de elevação e continuamos subindo…

E a aproximação trouxe consigo um elemento novo: neblina! A altitude e o frio formavam uma camada densa e misteriosa de neblina, que conferiu um clima todo especial ao trajeto…

Mas nada se compara à vista inacreditável que a natureza desenha na chegada triunfal ao primeiro vislumbre de Mammoth Lakes ao pôr do sol:

O sinal de telefone apareceu no trecho mais movimentado da montanha e logo sumiu de novo quando chegamos ao camping. Mas não sem antes nos perdermos! Sem sinal e escuro, encontrar a entrada que nos levaria até as luzes entre as copas da árvores não foi tão simples. Ficamos em um camping em Convict Lake. Estava cheio, mas conseguimos uma vaguinha ótima. Conseguir com alguém a informação de que poderíamos parar lá também não foi simples, mas um dos campistas nos ajudou prontamente!

Como o centro de atendimento já estava fechado porque era mais de 20h, poderíamos estacionar, se tivesse vaga, e pagar no dia seguinte. E, de fato, no dia seguinte o “caseiro/monitor” passou para nos cobrar a taxa de pernoite.

Enfim, cá estamos nos, em plena sexta 13 e noite de lua cheia dormindo em um camping no meio da floresta, sem nenhum sinal de internet…. E sem qualquer sinal de internet, a melhor solução era dormir e colocar o descanso em dia..

Apreciar as estrelas e o céu noturno no meio das montanhas é incrível… E agora eu já tenho certeza que quero acampar mais vezes, de preferência de motorhome.

O camping lotado trazia todo aquele clima que você vê nos filmes… As fogueiras, marshmallow, famílias juntas sem pensar em tecnologia, algumas tvs antigas com antena conectadas nos trailers mais preparados e muita, muita paz ao redor.

A noite trouxe o frio e a manhã estava gelada… E foi lindo deixar as persianas abertas e acompanhar o clarear do dia atrás dos montes… Mas essa história eu conto amanhã 😉

Isso que é aventura de verdade!

 

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ROTEIRO COMPLETO
 >> Para conferir o relato completo navegue pelo roteiro AQUI

FOTOS >> Para ver mais fotos espie os destaques no meu perfil do instagram: @leticiaspinardi

 

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