A peça, que faz uma comparação entre o número de mortos na tragédia do 11 de Setembro e o Tsunami, que matou 100 vezes mais pessoas, foi um pisão no calo dos americanos, principalmente os novaiorquinos, que se sentiram ofendidos com a metáfora.
Aí, já com a fogueira ardendo, o texto utilizado deu ainda mais pano para a manga: “Nosso planeta é brutalmente poderoso. Respeite-o! Conserve-o!“. Logo, os americanos se armaram, defendendo-se contra a idéia de que na comparação isso queira insinuar uma crítica à “auto-definição” estadunidense.
Ficou claro que essa certamente não era a intenção da agência. Após a WWF Brasil se posicionar afirmando que era contra a campanha, a WWF imediatamente se justificou, dizendo que a campanha havia sido assinada por uma divisão brasileira, que já não fazia mais parte da agência, e que de forma alguma o anúncio refletia os valores do grupo. Cinco comunicados oficiais já foram emitidos, mas ainda não conseguiram apagar o tremendo incêndio que o anúncio causou.
Apesar de ser classificado pela agência como um “equívoco”, as peças foram inscritas em Cannes, mas sequer entraram para o short list (e quem ia ser o jurado besta a cometer essa insanidade depois de tanto alvoroço?!).
Será que alguém na DDB tem uma idéia criativa para comparar com incêncio??…
lipe fonseca
9 de setembro de 2009 at 13:40meu, vejo dois pontos na questão: 1. era possível dizer a mesma coisa de outras maneiras diferentes e 2. acho que nunca uma campanha foi tão comentada [depois que o Zeca Pagodinho trocou as marcas de cerveja…]
Letícia
9 de setembro de 2009 at 13:42Sem dúvida, Fê! Um zilhão de formas de passar a mensagem, e eles foram logo no buraco negro….. Se a intenção era chamar a atenção, conseguiram! Pena que o efeito não foi assim tão positivo quanto eles talvez pretendessem…. Por razões, óbvias, diga-se de passagem…