.
Em um retornou triunfal às origens do clássico, os estúdios Disney prometem trazer de volta todas as premissas dos contos-de-fadas numa aventura moderna que mescla animação 2D com imagens live-action ao traduzir para as telonas a história de Encantada, com lançamento previsto par ao fim de ano de 2007.
A aventura conta a história da princesa Giselle, que está de casamento marcado com o Príncipe Edward, mas terá de enfrentar as maldades de Rainha Narissa, mãe de seu futuro marido. Disposta a frustrar os planos de Giselle, Narissa usa os artifícios da magia negra para atrair a princesa até um poço dos desejos e jogá-la lá dentro, onde vai parar no mundo real em plena Times Square, como ser humano de verdade. Perdida em um mundo desconhecido, ela é acolhida por Robert Phillips, um procurador de divórcios, que a deixa na companhia de sua filha. Mas com o passar do tempo eles começam a se apaixonar, enquanto o Príncipe Edward comanda uma equipe de busca para recuperar sua noiva perdida e vai parar em Nova York como um príncipe de verdade, o que logo implica que a Rainha Narissa também está por perto.
O filme reabre as portas para a animação 2D (que promete voltar de vez em 2009, com A Princesa e o Sapo), reunindo uma equipe de grandes profissionais que já atuaram em vários trabalhos na Disney e Dreamworks, como o animador James Baxter, e canções de Alan Menken e Stephen Schwarts.
O elenco real também não deixa por menos. A protagonista será vivida pela jovem Amy Adams, enquanto o procurador de divórcios terá como interprete Patrick Dempsey (astro teen de Namorada de Aluguel elevado à galã na série Grey’s Anatomy). Já o papel da Rainha Narissa fica a cargo da veterana e ótima Susan Sarandon (que está a cara da Malévola!), enquanto o Príncipe Edward será James Mardsen (na possibilidade de mudar sua imagem de odiado pelo público por seu Ciclope de X-Men).
O toque moderno do “novo clássico” fica por conta da brincadeira do estúdio em fazer referência e satirizar antigos clássicos da Disney, como Branca de Neve e os Sete Anões e Cinderella, entre outros. Uma espécie de Shrek mais feminino. E a idéia em mesclar animação e imagens reais remete à outros clássicos do cinema, como Uma Cilada Para Roger Rabitt e Cool World – Mundo Proibido, seguindo mais a linha deste último, em que também havia duas realidades, a dos desenhos e a dos homens, enquanto que a relação “viagem no espaço-tempo” lembra longas como Kate & Leopold e Viajantes do Tempo.
A premissa é boa e pretende conseguir realocar os contos-de-fadas em meio à sociedade moderna com toques de inovação. Seja qual for o resultado, o estúdio já está investindo em materiais para o mercado (os bonecos das personagens do filme já são reais!) e promete investir em uma continuidade, apostando na história como a possibilidade de uma nova franquia, seguindo os passos de Piratas do Caribe. Provavelmente será difícil emplacar tão bem quanto a triologia, que segue uma linha narrativa diferente, mas a possibilidade de reconstruir o conceito dos contos-de-fadas já perdidos na globalização e apresentar um pouco de diversão romântica aos que apreciam o estilo já chama a atenção.
