Você conhece o projeto “Jovem o Suficiente“, do Felipe Gaúcho? Pois deveria. O jovem que aos 19 anos decidiu fazer as malas e viajar o mundo buscando encontrar nas crianças a juventude perdida dos adultos fala sobre vida, conhecimento e reflexões que abandonamos ao longo de nossas rotinas cruéis e confusas.
Em alguns momentos de nossa vida é preciso simplesmente abandonar tudo que temos e nos despirmos de nossa própria defesa para compreender, com outro olhar, de fora da situação, tantas e tantas realidades diferentes que nos cercam e como nossos problemas podem ser apenas uma gota d’água em um oceano de tristeza. Mas é nessa tristeza que está o elemento mais sagrado para nossa sobrevivência: a resiliência e a capacidade de sorrir, que muitas crianças nos ensinam melhor do que adultos que passaram a vida toda em busca delas.
Pense por um instante em todas as crianças que viveram o horror do terremoto no Nepal há um ano (muitíssimo bem apresentado pelo Planeta Extremo com exclusividade no último domingo e que você pode ver AQUI) e continuam a sorrir… E todas as crianças que estão sentindo na pele a tristeza da crise da imigração, tão absurda e surreal, e mesmo assim ainda conseguem sorrir… Ou tantas crianças abandonadas, matratadas, que vivem sob condições de miséria, sem qualquer sistema de saúde e, ainda assim, nos ensinam a sorrir… Por que nós, adultos, perdemos essa capacidade de resiliência com a qual nascemos par nos tornarmos tão vulneráveis quando deveríamos ser mais fortes do que nunca?
Pois é essa a jornada de Felipe na busca pela juventude. Não apenas uma fantasia de fonte da juventude para ser eternamente jovem, mas sim uma exploração profunda por aquilo que torna o ser humano a espécie mais inteligente do nosso planeta: a capacidade de sentir, racionalizar e realizar em sua essência mais pura e natural.
Finalizado o livro e sua viagem, Felipe não parou. Continuou buscando promover projetos que despertassem o olhar e a reflexão do mundo para coisas que nos cercam e não damos atenção. Provocar novos olhares para rotinas já tão banalizadas e às quais não procuramos repensar.
Foi assim que surgiu Inspiratorium, seu Canal no YouTube com vídeos sobre as mais diversas reflexões e imagens que despertam nosso cérebro a ir além. E a última novidade do espaço foi seu texto sobre “A mulher Ideal“, uma belíssima abordagem sobre como os valores se confundem na sociedade atual frente à importância e preciosidade das musas inspiradoras.
“A mulher ideal não precisa ter um corpo esculpido, mas um olhar que lapida. Ela não precisa ter o peito inflado, mas sim o peito erguido. Mais que o samba no pé, ela tem o dom de nos fazer dançar num ritmo contrário ao que seja o da música que está tocando pra gente.(…) Toda mulher é um ser humano. A mulher ideal existe sim, só que o ideal mesmo é que cada um ou cada uma tenha a sua. (…) Quem é a tua musa? No que ela te inspira?”
Sensível, inspirador e transformador. Que muitas pessoas possam ver através dessa mensagem uma gota de realidade neste oceano de aparências e idealismos pregado pela indústria do entretenimento.