O pré-embarque foi agitado, mas fomos recepcionados por uma Los Angeles linda, quente e tranquila em pleno feriado americano. E levamos a sério o conceito de “bater perna” logo no primeiro dia…
Nossa meta do dia era a seguinte:
- 01/09 – 18:00 – Jantar na casa dos Pais
- 01/09 – 20:00 – Partiu GRU!
- 01/09 – 22:30 – Check In no Aeroporto
- 02/09 – 01:30 – Embarque
- 02/09 – 12:45 – Chegada em Los Angeles
- 02/09 – 14:00 – Check In na Pousada La Choice
- 02/09 – 15:00 – Tarde livre para explorar!
Estava até que bem modesta e conseguimos ficar dentro do programado.
BRASIL
Um dia ainda vou conseguir fazer uma viagem em que o pré-embarque não seja uma correria insana… Isso está se tornando quase uma meta de vida! Rs.. Mas vamos lá!
Pra resumir: sairíamos de casa rumo a Guarulhos às 20h30 da noite do domingo, dia 01/09, já que nosso vôo era no dia 02/09 às 01h35 da madrugada.
Eram 18h00 quando eu comecei a fazer a minha mala e ainda precisava caber no cronograma banho, jantar na casa dos pais e uns minutinhos de folga.
A noite de sábado para domingo não existiu em função dos últimos detalhes do trabalho… No domingo de manhã, debaixo de chuva, a VipMalas veio me trazer a mala que locamos e eu levei para o meu irmão na hora do almoço para aproveitar filar boia da mamuska, claro. Voltei logo para terminar alguns detalhes e deixar a casa minimamente a salvo durante minha ausência. Às 17h30 eu estava entregando proposta para um novo cliente em fechamento que não queria esperar o retorno da viagem para tocar o assunto (ele fechou, ehhh! =D).
Foi emocionante, mas deu tudo certo! 20h30 já estávamos saindo de casa rumo à Guarulhos.
Chegamos lá no tempo previsto e como eu já tinha feito o check in online, foi só despachar a bagagem. Como tínhamos um tempinho de folga e somos gordinhos eternos, aproveitamos para mandar ver um belo jantar de inauguração da viagem na Pizza Hut.
Depois, felizes em todos os sentidos, passamos pela inspeção de Raio-X e fomos até a área de embarque aguardar nosso horário. Eu logo sentei ao lado de uma tomada e ainda deu tempo de entregar aquele último job pendente que estava me incomodando.
Embarcamos na madrugada e eu já estava envolvida naquele clima de viagem que baixa quando começamos a circular por um Aeroporto… Como eu amo essa sensação!
Meu irmão estava estreando em tudo, até em voar pela primeira vez. E obviamente que a irmã palhaça ficou pegando no pé kkkk… Tudo sob controle, escolhi um filminho (A Mula) e consegui ver quase inteiro antes de apagar. Eram pouco mais de seis horas de vôo até o Panamá.
Acordei para o jantar. Já tinha voado de Copa outras vezes e geralmente a comida não deixa a desejar. Mandei ver e voltei a cochilar para só acordar de novo quando o cheirinho do café da manhã surgiu.
PANAMÁ
Chegamos ao Panamá com o dia clareando e um calorzinho mais ou menos lá fora. Nossa escala teria quase duas horas por lá, então era tempo suficiente para uma esticada de pernas, banheiro e já embarcar de novo sem cansar de esperar.
Alguém esqueceu algo no banheiro do aeroporto, como já é tradição, e dessa vez não fui eu! hahaha
E lá vamos nós de novo para mais seis horas e um tanto no avião. Mais filmes (Rei Arthur e The Greatest Showman), mais comidinhas, mais cochilos. Passou a época em que eu não dormia no avião faz tempo, sobretudo depois de um sábado-domingo que não teve noite.
LOS ANGELES
Finalmente chegamos em Los Angeles às 12h45, bem na metade do dia. Descemos ligeiros para o banheiro, com o rim implorando por misericórdia. E seguimos para a imigração. Como isso tá moderno agora, minha gente! Não tem mais que passar direto nos guardas e responder uma porrada de perguntas… Você pode responder parte dessas perguntas em terminais de identificação que geram um bilhete e aí sim segue para pegar seu carimbo com um dos oficiais. O meu nem Good Morning falou, só carimbou e me liberou. Antigamente dava mais trabalho…
Fomos pegar nossas bagagens (e esse momento sempre envolve uma tensão de extravio, apesar de nunca ter acontecido comigo), e a seguir deixamos a área de desembarque.
Antes de qualquer coisa, sentei em um cantinho para ativar o chip americano no celular e pedir um uber. O aeroporto ficava há uma distância de uma meia hora do local onde ficaríamos hospedados. Pedir o uber foi fácil, a parte difícil foi achar o ponto de encontro. Estávamos no andar debaixo e ele no de cima. Mas o cara era gente boa, explicou e esperou.
A essa hora já tínhamos percebido o seguinte: tava um calor do caramba e o ar extremamente seco! O trânsito agitado de Los Angeles nos dava uma folga no momento, já que chegamos em pleno Labor Day e o país estava curtindo o feriado.
Nosso uber puxou conversa e como tinha origens latinas, logo embalou um papo em espanhol com o meu irmão, enquanto eu escutava o que vinha e respondia no meu inglês arrastado de quem acaba de chegar nos EUA. Ele deu várias dicas bacanas sobre o que ver na cidade.
Chegamos ao La Choice, nossa hospedagem pelos próximos três dias, e entramos pelo mesmo portão que uma senhora japonesa ou koreana, não sei bem, atravessava com algumas panelas. Ela se dirigiu para os fundos da propriedade e nós fomos até a porta da frente fazer o básico: tocar a campainha. Nenhum sinal de vida…
Tínhamos agendado a pousada pelo Booking por um valor bem interessante (hospedagem em Los Angeles – ou pensando bem em qualquer lugar em dólar – é relativamente cara) e foi tudo muito tranquilo. Então depois de esperar na entrada por uns cinco minutos e perguntar nos fundos para o povo que ali habitava – que não souberam responder nada – passei a mão no celular e botei o chip americano pra trabalhar. O Alex, nosso hospedeiro, nos atendeu e deu as orientações para entrarmos na pousada. Não era uma pousada dessas tradicionais em que sempre há alguém de plantão. É mais uma pousada self-service. Mas era bem ajeitadinha.
Depois da saga para desbloquear a senha da porta de entrada, encontrar a chave do quarto e subir, tomamos uma ducha rápida para sair comer e explorar um pouco a cidade. Enquanto ia pro banho queria deixar o celular carregando por garantia, e foi aí que percebi que nenhum dos adaptadores que eu levei serviam nas tomadas. O do celular, por sorte, servia, mas o alerta ajudou a perceber que não poderia usar o computador sem um adaptador, o que seria um problema. Mas ok, se íamos sair, devia ter adaptador em algum lugar, né… Meu irmão, por sua vez, estava ansioso sobre as encomendas que tinha comprado e que chegaram na pousada, mas como o Alex estava comemorando o feriado com a família, só viria à noite trazer os pacotes.
Banho tomado, sinal de vida dado para a família e a certeza que o sol lá fora estava de lascar, decidimos começar a aventura localizando um Dennys para comer. Meia hora de caminhada, mas tudo bem. Afinal, estávamos de férias e era só o primeiro dia!
O problema é que a Letícia é péssima em senso de direção quando o assunto é start do gps. Eu sou ótima no feeling, mas aqueles primeiros passos pra direita ou esquerda acabam comigo. E foi assim que caminhamos 10 minutos na direção contrária à que deveríamos até perceber o erro hahahaha… Logo, ao invés de caminhar só meia hora até o restaurante, agora seriam 40 minutos, que somados ao 10 anteriores deram ao menos 50 minutos de caminhada debaixo de um sol quase desértico, infinitos graus de calor e muita vontade de explorar a região.
Aí veio o segundo erro, que acabou sendo um acerto. Ao invés de ir pela avenida principal (que era só a rua paralela à que estávamos), fomos pela primeira rua do bairro. Feriado, poucos carros circulando e muitos, muitos latinos. Los Angeles tem uma gigantesca comunidade latina e estávamos em um bairro com alta predominância étnica. E andar pela rua ao invés da avenida nos deu a oportunidade de conhecer um lado mais raiz e rotineiro da cidade.
Seguimos caminhando por quase uma hora até o Dennys. Chegar lá foi quase como chegar ao paraíso: ar condicionado, água gelada e muita comida. Sim, muita! Porque qualquer pessoa que um dia já foi aos EUA sabe o quanto o povo é exagerado na quantidade de comida.
Saímos de lá empanturrados e felizes, atravessamos a rua e entramos numa CVS, as tradicionais farmácias americanas que tem mais coisas que os hipermercados no Brasil. Compramos algumas bobagens, eu comprei um secador bivolt que há tempos precisava e resolvemos que dava para voltar caminhando. Já não tinha tanto sol, não estava mais tão quente… E lá fomos nós.
O detalhe é que ao longo de todo o trajeto de ida e volta notamos por todos os lados bikes e patinetes de aluguel. Isso está sendo MUITO utilizado lá fora e aqui ainda só vemos em São Paulo, nas áreas com maior concentração de pessoas.
No caminho, nada de adaptadores. Nem na CVS. Achei estranho, mas levando em conta que era um feriado, ok… Vai ver as lojas principais estavam fechadas.
Voltamos para a pousada encontrar o Alex no horário combinado para pegar as encomendas. E quando chegamos ele já tinha passado por lá. Então ligamos e ele voltou. Só que voltou com uma encomenda só das duas que o Mau esperava. No acompanhamento do pedido as duas constavam como entregues, então o Alex ficou de verificar no outro dia e dar um retorno.
Nós resolvemos sair procurar um adaptador em mercados maiores. Pegamos uns três ubers para ir ao Ralphs, ao Wallmart e voltar. Nada de adaptadores. Como pode isso minha gente?!
Cansados, com poucas horas de sono, fuso horário em adaptação, pernas pedindo socorro, sem bateria no notebook e levemente frustrados (ele com a encomenda – e que com razão, já que era o tão desejado notebook que queria, mas não apareceu – e eu com o adaptador) resolvemos que o melhor era dormir. Até porque já era hora mesmo e teríamos um dia inteiro pela frente para aproveitar.
O dia seguinte seria uma terça pós-feriado agitada e cheia de coisas novas para conhecermos!
Mas antes de encerrar o post, vamos logo resumir o que rolou com o lance do notebook para focarmos os próximos nas coisas boas.
Resumo da ópera: o Alex diz que não chegou, a transportadora diz que foi entregue, mas não encontrava o comprovante de recebimento assinado. O caminho foi acionar o cartão de crédito para intermediar. E como o Nubank é foda, eles geraram o valor da compra em crédito enquanto o processo é resolvido. Mas nada paga a frustração de quem voltou pra casa sem o notebook, né… Até procuramos por lá em todas as Best Buys e lojas possíveis, mas as configurações que ele queria não eram material de prateleira, então acabou não rolando. Acho que nunca vamos saber o que aconteceu de verdade: se o problema foi na pousada, na transportadora…
O fato é que a encomenda não veio, mas a bagagem voltou lotada de experiências incríveis no lugar disso. E já temos um bom motivo pra voltar logo, que é finalmente trazer o tão desejado notebook dele enquanto eu vou de companhia e aproveito o passeio, hahaha.
The End para a novela do notebook então, ok?
Amanhã eu conto mais sobre como só conhecemos a real Los Angeles, agitada e com trânsito intenso, mas cheia de maravilhosos aspectos culturais e artísticos, no dia seguinte. O feriado estava escondendo o ouro… E, com isso, as fotos também começam a ficar bem mais interessantes… Acompanhe!
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Unknown
3 de setembro de 2020 at 10:28Muito legal Letícia, vamos viajando juntos nos seus relatos.
Letícia
3 de setembro de 2020 at 10:29Sejam bem-vindos à aventura!