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É estranho ter 21 anos.
Aos 21 você não é um adulto, mas também não é mais um adolescente. Perante a lei, você já é um cidadão independente e cheio de responsabilidades. Para nossos pais, ainda somos jovens imaturos e que tem muito a aprender. E em nosso íntimo geralmente há, nessa fase, uma criança desesperada clamando para voltar para a colegial, quando a vida era uma grande aventura em sua simplicidade e com pouco ou quase nenhuma preocupação.
Faz parte do tabu do ser humano o fato de que todo mundo quando é criança não vê a hora de fazer 21 anos. A tal conquista pela idolatrada “independência”. Isso, é claro, sem saber do peso que aqueles dois algarismos trazem consigo. Mas a grande verdade é que só depois que apagamos as 21 velinhas é que nos damos conta de que essa é uma fase de dúvidas, incertezas, angústias, medos, alegrias, emoções, sentimentos que às vezes encantam e outras vezes assustam, e uma dose extra de adrenalina que só vamos vivenciar uma vez na vida.
Aos 21 anos queremos viver uma vida inteira em uma noite. Alguns agem como se cada segundo fosse o último, e no outro dia fossem acordar com 90 anos apenas esperando a hora de partir. Outros se acautelam e tentar dosar um pouco de emoção com precaução. E outros ainda passam a vida toda planejando sem jamais realizar nada.
Mas a grande verdade é que ter 21 anos significa mais do que conquistar independência, assumir responsabilidades ou cometer erros. Significa experimentar uma sede insaciável por querer mais e vivenciar uma juventude cercada pela magia da transição entre a adolescência e a fase adulta. Cabe a cada um de nós saber como desejamos que essa juventude seja lembrada quando chegarmos aos 90 anos….
(Detalhe… já estou praticamente nos 22, é só agora me dei conta do reflexo dos 21….)